domingo, 30 de dezembro de 2012

2012 foi um bom professor!


Chegar ao fim de mais um ano é sem dúvida alguma, dá-se o direito de refletir um pouco sobre tudo o que se passou. É natural. Normal. De praxe. Como de costume.
Não há como chegar aos últimos dias de dezembro sem fazer um balanço de tudo. Bom ou ruim, é sempre necessário.
É bem verdade que 2012 não foi o meu ano chave, aquele predileto que marcou e vai ser lembrado como “O ano”, até então. Foi um ano de intensa mistura de emoções, de coisas ‘normais’, e de, sei lá, quase nada.
Mas não posso descartar que, em resumo a tudo acontecido até então, foi um ano de muito, muito aprendizado. Não posso negar que este ano me foi um bom professor. Me ensinou direitinho a ter paciência e saber esperar, pois como diz o poeta, esperar é caminhar. Logo, aprendi a não me cobrar tanto nem a cobrar muito das pessoas, tampouco esperar delas. À medida que eu me pus esperando as coisas foram acontecendo de uma forma muito natural. Elas simplesmente aconteceram, sem pressa, sem expectativas e sem cobranças.
Tenho que confessar que fiz muitos planos para ele, mas acho que por um instante esqueci o que jamais deveria ter permitido sair dos meus pensamentos, que o meu coração pode sim fazer planos, mas a resposta certa, e vontade também, vêm do Senhor. Então, acolhi com muita paz a Sua vontade e mais uma vez esperei.
Esperei conquistar alguns milhões em dinheiro mas por alguma razão que desconheço, mas também não parei para pensar, não conquistei. Ainda.
Esperei voltar à faculdade, e enfim, terminá-la. Mas não voltei.
Esperei o amor me arrebatar e me fazer sentir novamente tremer as pernas, sentir borboletas no estômago, ficar nervosa ao ouvir a voz de uma certa pessoa que arrebataria o meu coração. Não aconteceu. Não neste ano. Ainda.
Esperei fazer uma viagem improvisada, surpreendente e inesquecível. Só esperei.
Esperei o pedido de perdão, o reconhecimento de alguns erros que me fizeram mal, talvez uma nova chance à uma amizade que considerei importante. Só esperei. Não vieram.
No final de contas fui surpreendida com direção, respostas, e paz, muita paz. Sentir paz quando em um passado não muito distante não podia sentir, é um grande passo. Uma grande evolução. Já posso me considerar um ser humano evoluído.
Esperei por coisas que planejei e elas não aconteceram. E não me sinto frustrada por isso. Só consigo sentir paz.
Paz por entender que quem dirige o meus dias não sou eu.
Que quem firma os meus passos, não sou eu.
Que quem me fez chegar até aqui e entender isso, não fui eu.
Hoje, me sinto grata, e sem vontade alguma de pedir algo para o meu ano de 2013. Só posso dizer que o meu próximo ano estarei totalmente entregue à vontade Daquele que tem me feito entender que Ele é tudo o que eu preciso, e que a Sua Graça tem me bastado.
A você, só posso desejar que 2013 te traga coisas surpreendentemente boas, mas que, acima de tudo, você venha entender o que eu entendi, em 2012.
Seja feliz em tudo! Com JESUS!
2013 Feliz!!!!

Beeeejo
Soninha Nobre

domingo, 23 de dezembro de 2012

É Natal


Sem que eu percebesse a velocidade com que tem passado os dias, ele chegou...
A cidade se encheu de luzes coloridas, os shoppings centers com super decorações anunciando a chegada do Papai Noel.
Presépios.
Árvores decoradas.
Cores. 

Presentes.
Amigos secretos (oculto).
Panettones. 

Biscoitos amanteigados em latas bonitas.
Cartões.
Coros.
Família reunida.
Chocolates especiais e a presença da uva passa nas variedades de comidas.
Sim. Ele chegou.
É Natal...
As pessoas ficam mais sensíveis, emotivas, doam palavras motivadoras, dão-se a oportunidade de serem melhores, e isso não soa falso não. É bom.
É Natal...
Famílias se reunem para confraternizar devido a um ano que se passa. Para uns, um ano difícil, para outros de conquistas dignas de celebração.
É Natal...
Nas ruas e lojas ouvem-se músicas temáticas, que tocam sinos e citam poemas do nascimento do Cristo.
É Natal...
Para muitos uma data triste, pois os fazem recordar a ausência de pessoas queridas que não se encontram mais aqui, e a saudade vem assolar. Mas a saudade é sentimento dos que amam, então, celebre a saudade, mas não se permita que o brilho dessa data tão especial se perca.
É Natal...
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9:6
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Princípe de Paz."
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9:6
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9:6
(Isaías 9:6)
Celebre o Natal. Celebre JESUS!

Feliz Natal!

Soninha Nobre

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

2012, vou bem ali e não volto.

Sempre que chegamos ao final de mais um ano, há sempre um tempo para refletir sobre tudo o que se passa, o que se passou, e os projetos para o ano que virá. Ao menos comigo é assim que funciona. Paro, penso, reflito... me bate um arrependimento gigantesco de coisas que fiz, ou que permiti que acontecesse, pois muitas das coisas que acontecem na nossa vida, acontecem porque permitimos. Penso nas oportunidades que perdi, nas burradas que ousei fazer, e, claro, nas coisas boas que aconteceram.
É bem verdade que 2012 não me foi muito generoso. Neste ano passei por diversas situações que me fizeram questionar uma série de coisas. Perdi, chorei, sofri... mas também acredito que tenha magoado, feito alguém sofrer, ou simplesmente me omitido em algum momento.
Perdi amigos que acreditei que fossem ser 'pra sempre', descobri coisas que preferia que tivessem ficado enterradas e trancadas a sete chaves, ouvi coisas que me magoaram, deixei passar oportunidades que me voltaram à mão, e eu nem percebi, joguei fora momentos que poderiam ter mudado o curso de situações que tiveram um fim definitivo, e que eu não queria que tivessem sido assim. Vi amigos muito queridos serem dilacerados pela dor da perda, e eu nada pude fazer. E essa dor também doeu em mim, e como doeu!
Mas não posso ficar aqui só falando dos 'tapas' que recebi em 2012, pois este também foi um ano de muito aprendizado. Muito. Um ano em que pude ver, mais uma vez, e como sempre, a mão de Deus me guiando por caminhos que eu nem imaginava que fosse trilhar um dia. Um ano de restituição em algumas áreas. Um ano de refrigério. Um ano em que aprendi a exercitar a bendita tolerância. Um ano de mudanças. Um ano de lições.
E como não agradecer por tudo isso?
Hoje, consigo olhar para trás e analisar todas essas situações ruins que passei, e agradecer por cada uma, convicta de que não trocaria nenhuma delas por momentos mais brandos, pois foi passando por essas duras situações que aprendi a depender mais de Deus e descansar Nele, sabendo que o Seu cuidado sempre me surpreenderia. E surpreendeu.
Não posso, diante de tudo isso, deixar de agradecer a Deus por tudo, inclusive pelas coisas 'ruins' que me aconteceram. Tudo pelo que passei toda a minha vida, foram fontes de aprendizado e sou muito grata por isso, pois até aqui tem me ajudado o Senhor.
Na escassêz, aprendi a valorizar os momentos de abundância. Na dor, aprendi que sou forte. Na raiva, me esforcei pra exercitar a paciência.
Tenho que corrigir o que disse anteriormente. Acho que 2012 me foi generoso, sim! Pois me proporcionar um aprendizado como esse, é um gesto e tanto de generosidade!
Ei 2012! Obrigada de coração, por tudo que proporcionou a mim nesses longos 12 meses, e se quiser me surpreender nos próximos dias, fique à vontade. Mas tenho que te dizer algo, e isso não é sinônimo de ingratidão... mas, vou bem ali, e não volto mais. 


Soninha Nobre

sábado, 20 de outubro de 2012

A DOR DE VER A DOR, DÓI.



Só quem já sofreu uma terrível perda sabe o que é dor. Dor de verdade. Dor daquelas que remédio algum faz passar.
Enxaqueca, tendinite, dor de dente, dor muscular, dor nos ossos, dor no estômago. Dor de cólica, um osso quebrado. A dor física.
Tudo isso dói sim, mas passa. Passa com algumas doses de remédio, um bom analgésico. Passa...
Agora existe uma dor que nada faz passar, ela simplesmente deixa de doer com mais intensidade, mas não passa. Vai aliviando, aliviando, até o dia que dói pouco, mas dói como saudade.
A dor de se perder alguém não há nada que se explique. Não há como explicar como dói, nem há como fazer passar. Palavras ajudam? Sim, consolam. Mas não fazem passar.
Dói em várias proporções. Dói saber que uma relação, de qualquer nível que ela tenha sido, foi brutalmente interrompida por algo chamado morte. Dói saber que não veremos mais a pessoa fisicamente. Dói saber que a única versão da voz da tal pessoa que ouviremos será nas nossas lembranças. Dói saber que o abraço não vai mais apertar, que o cheiro não vai ser sentido todos os dias, que os conselhos não existirão mais. Dói saber que a saudade vai fazer parte intensamente de todos os dias que se seguirão, dói saber que vai bater o arrependimento de uma série de coisas que não foram feitas, e pior, de coisas simples e essenciais que não foram ditas.
A dor vai diminuindo, mas não acaba. O tempo ensina a conviver com ela, ensina a conviver com a saudade. E ensina a chorar menos, até mesmo por que chorar cansa... cansa a alma e o peito!
Dói também ver a dor de quem se gosta. Ver alguém sofrer nos faz sofrer também.
Faltam palavras, atitudes, só não falta a 'bendita' dor... ela insiste em se instalar. Mas pra isso tem um só remédio.
Não posso dizer que a dor vai passar e que tudo voltará a ser como antes, juro que gostaria de dizer, mas não é por aí. O único remédio é que "...e Ele vos dará o Consolador, para que fique convosco para sempre..." Jo 14:16.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
João 14:16
E isso nos basta.

Beeejo
Soninha

domingo, 23 de setembro de 2012

UM CORAÇÃO GRATO

Um coração grato é um canteiro de muitas possibilidades. Talvez, só de começar a ler aqui você tenha pensado: "Vira esse disco Soninha!".
Verdade, já repeti milhares de vezes, mas não me canso de afirmar esta verdade. De forma que também não me canso de dizer, que o seu inverso, ou seja, a ingratidão, é uma das podridões da alma.
Tenho muitos motivos para ser grata, e viver é um deles.
Sou grata a Deus pela vida, que é um dom. Viver em saúde é algo muito especial, digno de agradecimento constante. Quando paro para pensar a respeito e vejo quantas pessoas sofrem por algum tipo de mal, fragilidade, deficiência grave, e não são saudáveis. Não desfrutam de saúde para fazer determinadas coisas que eu, em plena saúde e condições me recuso a fazer, pessoas que não vivem bem e felizes em sua totalidade.
Sâo muitos por aí. Os hospitais estão cheios de pessoas lutando para viver. Lutando que seja para viver, apenas. Você pode parar por um instante e pensar nisso? Você tem vida abundante e saúde? Seja grato a Quem te deu.
Sou grata também pela família que tenho, meu maior e mais firme patrimônio. Porto seguro pra onde sempre volto quando tudo à minha volta parece estar cinzento, e quando o sol parece apenas uma manchinha amarela numa imensidão, ou quando o vento nem ousa soprar, a brisa? Nem ela.
Grata pelas habilidades, pelos dons, pelas oportunidades, pelas possibilidades.
Grata pelos amigos, ah os amigos! Os amigos que nunca passaram, pelo contrário, enfrentaram dificuldades, engoliram meu gênio forte, aceitaram minha personalidade e acreditaram na minha verdade, são leais, esses estão ao meu lado. A esses amigos sou grata, pela amizade e companherismo.
Grata por tudo, absolutamente.
Grata pela vida dos meus irmãos, Sèrgio e Sandra, que quando com 12 e 13 anos fizeram nossa família viver um dos maiores milagres que temos para contar, quando, sem um teto pra viver e sem possibilidade alguma de conquistar sequer um metro quadrado para plantar, foram grandemente usados por Deus para fazer com que meu pai se tornasse proprietário de uma casa, um terreno, e ainda nos fazer viver o que jamais imaginaríamos. Eu, com apenas 5 anos de idade, presenciei um dos maiores e mais lindos milagres: ver uma família, até então, castigada por uma 'falta' tão intensa de tantas coisas, viver um sonho lindo e uma conquista indescritível que hoje nos deu mais do que imaginamos viver. Um dia conto aqui, com detalhes essa linda história.
Grata, apesar de difícil essa parte, pelas dificuldades.
Pelos momentos e situações de faltas, perdas e adversidades, hoje, já não sei se as trocaria por momentos mais brandos e de paz, pois foram com eles que aprendi a depender mais de Deus, e também cresci. E como cresci!
Cresci com as traições, com os abandonos, com os falsos amigos, com os falsos amores.
Cresci com a falta de recurso, com a falta de oportunidade, com a falta de caráter das pessoas, com a falta de verdade também.
Cresci quando percebi que não adianta esperar muito das pessoas, há uma única Fonte em que devemos depositar confiança, e esperar verdade: DEUS. Além disso, as pessoas que demonstram isso, são enviadas por Ele.
Grata também por tudo isso, pois crescemos e nos tornamos pessoas melhores.
Seja grato. A gratidão nos faz crescer, e nos faz melhores. Muito melhores.
E finalizo da maneira que comecei:
Um coração grato é um canteiro de muitas possibilidades.

Beeejo!
Soninha Nobre

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dos filhos deste solo és Mãe Gentil.

Mais que um país inicialmente ocupado por indígenas, descoberto e colonizado por europeus - os portugueses -, e berço de um novo povo - os brasileiros.
Para uns, o país do Pau-Brasil, para outros, do carnaval e do futebol.
Para mim, o país das cores, da alegria, da unidade, das praias lindas, do café inigualável, da cana-de-acúçar que gera até combustível, o famoso Etanol.
Das manifestações democráticas, do voto impensado mas esperançoso, de acreditar sempre que as coisas podem melhorar.
O país das mulheres lindas e super bem resolvidas, que conseguem estudar, trabalhar, cuidar de uma casa, dos filhos, marido, e ainda encontrar tempo pra ser linda e super produzida.
O país dos homens valentes que não têm medo de trabalhar, de se dedicar e ocupar com excelência o seu lugar no mercado.
Da paixão pelo futebol que vai além dos estádios e transmite alegria a tanta gente castigada pelas dificuldades da vida.
O país das boas ações sociais, da solidariedade, do amor!
O país abençoado que não tem terremotos, tsunames ou vulcões!
Esse é o meu país, o meu Brasil.
Mas é também o país da corrupção política, que é um total desrepeito com aquele voto impensado, porém esperançoso, que os filhos desta nação depositam lá na urna eletrônica.
É o país também do preconceito, aonde se vêem cada vez mais pessoas criticando outras por seu credo, forma física, opção sexual, e nivel social também.
É o país da desigualdade. O país dos 'olhos fechados' para o que acontece ao seu redor.
Muitas pessoas não acreditam mais no Brasil como um celeiro de coisas boas, já eu, acredito sim! Daqui saíram grandes nomes e descobertas,
e vai continuar saindo, sabe por quê?
Pois não é ele o país dirigido por Dom Pedro, Napoleão Bonaparte, Getúlio Vargas, Lula ou Dilma. Quem governa esta nação é Deus e é Ele quem me faz acreditar em você Brasil!!!!
Como diz a canção, "Brasil olha pra cima. Existe uma chance de ser novamente feliz! Brasil há uma esperança! Volta teus olhos pra Deus, o Justo Juiz!"

Beeejo!
Soninha Nobre


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Na bigorna.


Derretido. Sem forma. Desfeito. Colocado na bigorna para ser... refeito.
É desagradável. É uma queda de uma altura considerável, e sem um aparato confortável. É uma penúria.
É o fogo que se apaga, mesmo que ele queime por um momento, mas logo desaparece. É uma inclinação decrescente.
Decrescente para um nublado vale de perguntas, muitas delas, sem resposta. É a planície do desencorajamento.
A motivação que se enfraquece. O desejo que se distancia, e acaba. As responsabilidades que são deprimidas.
Paixão? Escorrega-se ralo abaixo.
Entusiasmo? Você está brincando não é mesmo?
Tempos de provações.
Ela pode ser causada por uma série de situações ou acontecimentos. desilusões; alguns 'fins' ou 'finais' como preferir;
decepções; feridas... A luz é apagada e o quarto se trona em trevas. 
Na bigorna.
Deus vê nossa vida do começo ao fim. Talvez Ele nos faça passar por uma tempestade aos 30 anos de idade, para que possamos suportar
um furação aos 60.
Um instrumento é útil somente se ele estiver na forma certa. Um machado sem corte ou uma chave de fenda torta precisa de atenção, 
e nós também.
Um bom ferreiro mantém as suas ferramentas em boa forma. E Deus faz o mesmo conosco.




Texto extraído do Livro "Moldado por Deus" de Max Lucado, e adaptado por Soninha Nobre

sábado, 18 de agosto de 2012

Nada mais que a verdade.


Quem, quando criança, já não ouviu um belo de um sermão quando mentiu a respeito de uma tarefa da escola que não havia sido feita? Quando mentiu dizendo não ter sido quem quebrou aquele objeto de valor sentimental da mãe, da tia, ou da avó? Ou, quando não havia a Lei da Palmada, já não levou umas belas chineladas por ter mentido com relação a algo? Criança 'solta' uma mentirinha aqui, outra ali, na inocência e na melhor das intenções, mas que na maioria das vezes resulta em um sermão, uma chateação e, na pior das hipóteses, um castigo daqueles! Ou seja, mesmo aquela mentirinha infantil tem as suas consequências.
Uma coisa é uma criança contar uma mentira inocente, chega até a ser engraçado - o que não quer dizer que não precise ser corrigida - e outra, completamente diferente, são pessoas maduras e conscientes usarem da falta de verdade, fazendo dessa mentira uma filosofia de vida. Parece exagero, mas existem aqueles que fazem da mentira sim, uma filosofia de vida.
Mentira não é e jamais foi algo bom, nem nos primórdios da história da humanidade, como nos dia de hoje. Às vezes contamos mentirinhas que parecem inofensivas, mas que também não são verdades, logo, são mentiras também e isso é um grande erro.
Existem aqueles que contam uma mentira sem ter o hábito de repeti-la, e se penitenciam muito por isso, se arrependem, reconhecem, corrigem o erro e não voltam a mentir. Existem sim pessoas que não mentem jamais, ou quase nunca, e, fazendo-a sabem agir com dignidade e reparar. Mas existem também aqueles que vivem uma mentira como se fosse verdade, e o pior, tentam convencer as pessoas também dessa verdade, que na realidade é uma grande mentira!
O que muita gente não consegue entender é que a mentira faz a pessoa menor do que ela realmente é, faz o admirável cair no conceito, faz cair a referência, faz secar a consideração, e muitas vezes, faz morrer os sentimentos que nutrem os relacionamentos. A pessoa que tem o hábito frequente de mentir corre o sério risco de perder totalmente a credibilidade. Pode ser que as pessoas jamais acreditem novamente nela, justamente pelo fato de hoje as pessoas pensarem que outras que foram Judas na vida delas, as fazem pensar que todos que estão ao seu lado podem traí-la com mentiras também.
Viver verdades é diferente de viver fábulas. Verdade tem a ver com o real, e a mentira, na maioria das vezes é fantasiosa. É muito diferente de idealizar o que deseja conquistar, pode chamar de profetizar ou sonhar. Visualizar o inimaginável não é errado, pelo contrário, é fé! Mas mentir para idealizar algo que não existe, não é e nunca foi chamar à existência o que ainda não existe.
Ao passo que a mentira destrói personalidade, integridade e caráter, a verdade honra a identidade do ser humano. Quando temos o coração em Deus não há espaço para mentiras, pois à medida que nos aproximamos Dele, Ele se torna GRANDE em nós e é exatamente disso que precisamos: que a grandeza Dele preencha os espaços que outrora seriam ocupados por coisas indignas como mentiras.  
O conceito de verdade vai muito além de um fato contado, ou de uma atitude como assumir uma situação que aconteceu, enfim, a verdade se estende a atitudes diárias como sinceridade nos relacionamentos, nos negócios e até nos sonhos.
Quando há verdade, há sinceridade e podemos tudo! Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. (IICo 13:8).
E sejamos verdadeiros em TUDO!
Beeejo

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando a dor é maior que a força.

Nos últimos dias tenho visto e ouvido muito falar de pessoas que andam sofrendo por alguma razão. Uma perda, uma desilusão, uma dificuldade ou apenas um vento soprando contrário fazendo com que o barco balance bastante. 
Seja em qual for a situação, sofrer é sempre muito ruim. O sofrimento tira de nós algo que não deveria nos faltar jamais, a tal da paz. Perde-se a paz quando se sofre. É impossível assimilar as duas coisas, aonde há paz, não há espaço para o sofrimento, e vice e versa. 
Perder é sempre muito ruim. Seja o que for, perder não é nada bom. Da perda de um time em um campeonato estadual ou mundial, ao jogo interclasse da escola, perder é ruim demais! 
Perder dói, bate um desespero e quase sempre uma saudade, e em algums casos, uma saudade que não tem fim. Para um casal, dói quando o amor se acaba; dói na auto-estima e no bolso quando perde-se o emprego; dói na consciência quando se perde a oportunidade; dói o coração quando a aliança se rompe; dói quase tudo quando se perde a possibilidade; e o pior de todos, dói até a alma quando se perde alguém que ama, principalmente quando se perde para uma eternidade. 
E o pior de tudo, dói demais quando todas essas dores se juntam e resolvem castigar de uma só vez. Ai, como dói! 
Tenho certeza que você passou, ou passa, por algum tipo de dor, dessas que citei, e talvez das que só você conheceu. A realidade é que sofrer, dói! Em alguns casos a dor é maior que a própria força, e mesmo que a pessoa lute contra, não é fácil sair de uma situação que machuca. Mas é também verdade que a pessoa sofre até onde ela mesma possa permitir. 
Recentemente presenciei um duro fim em que a pessoa que foi duramente surpreendida pela dor, admitiu que não conseguia fazer com que parasse de doer. Eu pude sentir a dor nos seus olhos, nas lágrimas, na voz trêmula, e no cabelo despenteado que sempre esteve impecável. Pude sentir, e acredite, eu senti! 
Não é fácil pra quem está de fora, presenciar momentos como esses na vida de pessoas que amamos, imagine então o quanto deve ser difícil para a tal pessoa. 
Quando um objeto sobre a minha mesa não fica bem, dando um aspecto não muito agradável ao meu ambiente, eu tiro e fica legal. Se o quadro não ficou bem na parede, eu tiro também, ou substituo. Se o filme na tv não está me agradando, é fácil resolver, é só mudar o canal. Mas não posso fazer o mesmo com a dor no coração de quem eu amo, e nem no meu. 
Eu não posso, mas Deus pode. Ele não só transforma o pranto em riso, a dor em alívio, as lágrimas em sorrisos, como também cuida dos corações e traz a paz, aquela que faz a gente dormir tranquilamente, que nos faz não ter medo de uma outra 'perda', que encare a dor como oportunidade de crescer. 
Deus conhece a nossa dor, e a transforma em algo lindo!
Não podemos optar por não sentir dor, mas podemos sim fazer dela, uma oportunidade de ver a vida de outra maneira, de um ângulo mais sábio e consciente. 
Não desanime. Continue firme. Tenha coragem. Creia. Seja forte. Tenha bom ânimo. Não desista. 
Afinal, crescer dói! 

Beeejo 
Soninha

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Quem tem amigo não chora sozinho.


Por que acreditar na amizade, quando há tanta gente mal intencionada, interessada em usar as pessoas, e nada comprometidas com o verdadeiro sentimento que as amizades deveriam nutrir?
Não só vou te falar por que acreditar na amizade, como vou te dar uns bons exemplos para que você acredite nela, ou ao menos se esforce para acreditar.
Talvez você tenha se decepcionado, em algum momento, com algum amigo ou com alguém que você acreditou que fosse seu amigo e não agiu como tal. Talvez tenha sido traído, enganado, ou simplesmente com expectativas frustradas diante de uma não reciprocidade.
Mas acredito que você tenha um amigo verdadeiro, que seja apenas um, mas que seja de verdade. Aquele amigo que está caminhando com você há muitos anos ou até mesmo que seja recente, mas que valha por muitos.
Estou falando daquele amigo de infância ou o primo bem próximo que se tornou um grande amigo, o colega de escola, de faculdade ou de trabalho, o que você conheceu na igreja, o padrinho de casamento, o vizinho ou quem quer que seja, ou em qual circunstância se deu a amizade. Mas quero que você, durante esta leitura, tire o foco das desilusões das amizades que se foram, e coloque naquelas, ou naquela, que tenha te socorrido por muito tempo e analise os pontos positivos.
Enquanto escrevo essas palavras, me vem uma lista não muito grande, de amigos verdadeiros que fiz ao longo da minha vida. Tenho amigos mais chegados que irmãos, amigos distantes geograficamente, amigos que são amigos desde que me entendo por gente, e tenho amigos que são recentes, mas são amigos. Tenho amigo-irmão, amigo-primo, amigo-amigo.
Tenho amigos que me fazem sorrir ao ponto de não aguentar mais e correr para o banheiro a fim de evitar uma tragédia fisiológica. Você entendeu bem. Quem já não teve uma crise de riso a ponto de quase fazer ‘xixi’? É disso que estou falando. Tenho amigos que são assim. Aqueles amigos que têm o riso que cura, aquele riso que abraça a gente e, mesmo que por um curto espaço de tempo, nos fazem esquecer os problemas que nos assolam e nos dão um alívio nos fazendo sorrir sem controle algum.
Tenho amigos que me fazem chorar. Sim, Deus cuida sempre de uma forma muito linda, nos dando amigos para cuidar da gente. Cuidar da nossa dor, das nossas debilidades, das nossas fraquezas. Isso não quer dizer que eles tenham que nos apoiar em tudo, não, porque na maioria das vezes que esses amigos a qual me refiro nos fazem chorar, nos fazem refletir, nos corrigem e não concordam com algumas coisas e deixam isso claro, e, em alguns casos, nos fazem até voltar atrás em alguma decisão que não seja boa para nós. Amigos fazem assim... Ensinam-nos que jogar a toalha é sim mais fácil que encarar o motivo da dor, mas não vai nos dar a paz que o nosso coração espera. Fazem-nos ver que desistir nem sempre é a melhor alternativa. A verdade reconfortante é que, quem tem amigo não chora sozinho...
Tenho amigos que são sinceros a ponto de me fazerem raiva! Isso mesmo: essa roupa ficou horrível; Você está muito magra; Você tem o pescoço exageradamente grande pra usar esse corte de cabelo; Você está parecendo uma morta com essa maquiagem; Sai fora, esse cara é uma fria! Vai estudar que parada ninguém consegue nada! Para de ficar choramingando por algo que já se foi, bola pra frente, não tenho paciência com chororô! Éeeeee... você tem um amigo assim? Eu tenho. Aquela sinceridade que nunca é demais. Aquele amigo com quem aprendemos que a verdade é sempre a primeira e a única opção certa em um relacionamento.
Tenho amigos que só me escutam. Aqueles que não são muito dados a dar conselhos, ou broncas, ou falar muito. Mas aqueles que te fazem bem sem ao menos dizer uma única palavra. Que te escutam e só meneiam a cabeça em sinal positivo, enquanto você fala, ou até mesmo em sinal negativo, mas só te ouvem e fixam o olhar com toda a atenção do mundo voltada para você. Esses amigos nos fazem tão bem e nos fazem entender o quanto ouvir é bom, e, em alguns casos, é o melhor a se fazer.
Também tenho amigo ciumento, amigo brigão, amigo chatinho, amigo poeta, amigo artista, amigo comediante, amigo psicólogo, amigo pastor, e, amigo que reúne todas essas características, mas que são amigos e que posso sempre contar.
Talvez você pense: Uau, como a Soninha tem amigos! Não, a verdade é que tenho poucos, mas o suficiente para fazer de mim uma pessoa rica de amizades, e me fazer acreditar cada vez mais nelas.
Todos nós precisamos de amigos. Não podemos viver como se estivéssemos num exército de um homem só. Ter amigos é muito bom e necessário.
Acredito que o amor mais desinteressado seja o amor da amizade, o amor que não cobra muito, o amor que te aceita como você é e se for preciso que haja alguma mudança, haverá com o tempo, pois o amor verdadeiro muda as pessoas. É um amor que nos dá coragem de ser mais do que somos, nos dá liberdade para mostrar quem somos de verdade sem medo de ferir ou decepcionar, porque quando amizade é pra valer, há perdão.
Amizade é estar ‘perto’. Amizade é amor, é perdão, é lealdade, é consideração, pois não existe amizade aonde não existe consideração. Amizade é sorrir, é chorar, é não ter medo de chorar pro seu amigo, pois às vezes as lágrimas dão um jeito aonde não existe nenhum. Amizade é riqueza, pois quem encontra um amigo, encontra um tesouro. Amizade é lutar - e eu já fiz muito isso - lutei por amizades que estavam se perdendo e tive a certeza que nenhuma luta é tão eficaz quanto à luta pela amizade e esta, vale muito à pena.
Mas existe uma razão para que uma amizade permaneça bem, é colocar Deus como centro em tudo. É Ele quem consolida os nossos relacionamentos e sempre será O melhor foco.
Existem também as amizades que se foram, que foram rápidas demais ou talvez tenham acabado de forma trágica, com decepção, feridas e uma lista de coisas ruins. Mas nem essas devem ser desconsideradas, pois acredito que enquanto elas tenham durado, houve algo bom, caso contrário nem teriam começado. Deus, Sua palavra e a vida nos ensinam que precisamos reter o que é bom, e esquecer o que foi ruim e prosseguir. Afinal, como aprendemos nessas situações! Não estou dizendo que você tenha que esquecer o que determinadas pessoas te fizeram de ruim e dar o crédito novamente, não! Você pode perdoar e se perdoar também, e em seguida, prosseguir. Afinal, você pode ‘perdoar uma dívida’, mas aí dar o crédito novamente é outra história e uma longa discussão.
Tive algumas amizades que se foram e enquanto existiram acreditei que foram boas. Hoje, vejo que algumas pessoas despertavam o que havia de pior em mim. Todos temos dentro de nós sentimentos ruins, caso contrário não seríamos humanos, temos sentimentos que não devem aflorar jamais, e infelizmente existem pessoas que despertam isso na gente, despertam raiva, ira, mágoa, vontades que não deveriam existir jamais. Não estou falando que devemos fingir ser quem não somos, jamais, autenticidade é e será uma característica prioritária, sempre. Mas devemos procurar ser alguém na vida das pessoas que desperte nelas o que elas possuem de melhor.
Mesmo que tenham havido em algum momento, situações que fizeram com que amizades que foram bacanas tenham chegado ao fim, Deus e o tempo se encarregam de colocar as coisas no seu devido lugar dentro e fora do nosso coração, nos fazendo acreditar sempre que as amizades verdadeiras existem sim.
Talvez você, mesmo com os argumentos que usei até o momento, não se convença ou realmente não te façam mudar de ideia em relação à amizade; talvez você esteja decidido a não crer que seja possível uma amizade verdadeira, então vou te dar uma dica: Seja um bom amigo. Quando você decide ser um bom amigo você terá isso de volta, um bom amigo. Por que a amizade é como um bumerangue: eu lanço, ela faz uma curva e volta para mim. Lance alegria, ela sempre voltará para você. Lance a verdade, e será recíproco. Lance a lealdade, e ela voltará para você.
Sou tão grata a Deus pelos amigos que Ele me proporcionou durante a minha vida. Primeiro, pelo MELHOR AMIGO que alguém poderia ter: JESUS, o único amigo capaz de dar a vida em favor de outro amigo: você e eu, que completa, ama incondicionalmente, nunca decepciona, nunca mente, não trai ou faz mal, pois Ele não pode negar-se a si mesmo, e é AMOR. A verdade é que Ele, como Deus, se preocupa demais para não estar presente e nos prova que cuida de nós a todo tempo e de várias formas nos dando vida, ar, sol, trabalho, suprimento, condições, portas, e também amigos. Sou grata por todos, e alguns deles, eu sentiria saudades até se eles não existissem, alguns que se foram (aqueles que não são mais amigos), outros que estão longe, uns que estão tão presentes quanto o sol nos meus dias, outros que esquecem um pouco, aqueles que estão além de alguma fronteira, e os que Ele tomou para Si. Por isso, acredito sim em amizade eterna, pois para nós, há uma eternidade, bem ali, logo ali.
A todos os meus amigos o meu respeito, carinho e consideração, e aos que seguiram nesta leitura e chegaram até aqui, acreditem! Acredito sim em amizades verdadeiras e sei que elas mudam a gente, e nos tornam pessoas melhores.

Com amor,

Soninha Nobre


terça-feira, 3 de julho de 2012

What Joy


Nos últimos dias, uma palavra e uma canção têm falado demais ao meu coração, me acalmado e feito olhar mais para Deus.
Espero que, tanto a passagem das Escrituras, como a canção, falem com você como têm falado comigo.
Beeejo

Salmo 146
“Louvai ao SENHOR, O minha alma, louva ao SENHOR.
Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu for vivo.
Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há salvação.
Sai-lhes o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.
Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está posta no SENHOR seu Deus.
O que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles, e o que guarda a verdade para sempre;
O que faz justiça aos oprimidos, o que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os encarcerados.
O SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os justos;
O SENHOR guarda os estrangeiros; sustém o órgão e a viúva, mas transforma o caminho dos ímpios.
O SENHOR reinará eternamente; o teu Deus, ó Sião, de geração em geração.
Louvai ao SENHOR.”



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quando o inverno vem...


Junho vai se findando. Um dos meus meses favoritos. Comecei e terminei muitas coisas nesse mês, mas ele também me presenteia todos os anos com uma das melhores estações, porque não é segredo que pra mim, a mais linda é a primavera. Mas Junho nos presenteia com a estação do frio, dos ventos, às vezes das chuvas. 
O inverno desperta em nós o romantismo, a ideia de estarmos abraçadinhos a alguém, nos vestir elegantemente, tomar um chocolate quente, degustar um fondue. Ah, o inverno é recheado de opções. Há quem não goste do frio, há também os que vivem melhor nessa estação, dormem melhor, se vestem melhor, comem melhor. Não dá pra tomar uma sopa bem quentinha, daquelas que parecem nos abraçar e fazer carinho, no calor, não é mesmo?
Enfim, em alguns aspectos, o inverno é sempre bem vindo. 
Mas há também outro tipo de inverno. Aquele frio que não é físico, aquele que nem mesmo a mais intensa das lareiras é capaz de fazer passar, de aquecer. É o frio que chega a provocar estalactites de tão intenso. Falo do inverno que faz frio ao coração, à mente e à alma. É a resposta que não vem, o cheque que não é compensado, o contrato que não é assinado, o processo que não é liberado, o emprego que não sai, o socorro que não vem, o perdão que não é dado, a oportunidade perdida que não volta. 
Para quem passa por ele, esse tipo de inverno dá a sensação de nunca chegar ao fim. Não há agasalho que dê jeito. E ele pode durar várias estações, se o foco não estiver no Sol, no Sol da Justiça. 
Recentemente tive o prazer de desfrutar de momentos preciosos ao lado de pessoas que Deus colocou na minha vida, e uma dessas pessoas compartilhou algo a respeito da grandeza de Deus. Como pode um Deus tão grande, cuidar e amar alguém tão pequeno como a Soninha, a Maria, o Pedro, o Paulo, o Gustavo, a Mariana, a Gisele, ou quem quer que seja? Talvez se pudéssemos reunir todos os grandes nomes e grandes personalidades que já houveram até hoje, não seria capaz de chegar ao menos próximo da grandeza desse Deus. Grandeza esta, que pode começar a ser refletida por meio de um estudo que afirma que "dentro do espaço interno do sol, cabem 960mil globos terrestres". Dá pra imaginar essa dimensão?
Já me peguei pensando inúmeras vezes nessa grandeza, e me questionando também porque eu tenho que passar por invernos tão longos, quando tenho um Sol pra me aquecer e tornar tudo tão mais fácil. 
Sei que algum momento da sua trajetória você tenha questionado, assim como eu, porque alguém que só faz o bem e tem o coração em Deus passe por situações tão difíceis, invernos tão rigorosos e dores tão intensas. Talvez eu não tenha a resposta que você deseja. Talvez o inverno não passe na rapidez que você espera, mas o velho chavão ou ditado muito usado por aí que "Deus não dá um frio maior que o cobertor que Ele te dá", é bem verdade. O inverno poderá vir para você em uma área bem crítica, mas não vai além do que você possa aguentar, e velhas expressões como "Pede pra sair!" ou "Pede arrego" poderão até chegar a você, mas não preste atenção nesse tipo de vento, foque em Deus e na Sua grandeza. Não, nesse inverno, você não vai morrer de hipotermia. 
Pare e pense que o Deus grandioso, Criador das grandes e pequenas coisas, Aquele que mede o universo a palmos, e tem todos os oceanos na concha de uma das Suas mãos, está olhando por você. Sim, é Ele que faz do nosso inverno a mais linda das primaveras, e aonde havia frio, haverá somente frescor, brisa, e flores. 
Há tempo e propósito para tudo debaixo do céu, e há tempo para cada estação. 
Se é inverno hoje na sua vida, se você caiu, falhou, foi julgado, injustiçado, se alguém te rejeitou, se a porta não se abriu, se o socorro que você esperava não veio, Cristo não te deixará sofrer no frio. Há calor para você, há uma lareira acesa pra te aquecer, um suéter quentinho pra te agasalhar, um Sol da Justiça para brilhar por você.
Creia que o inverno vai passar, e o tempo de cantar chegará. 
Beeejo

Soninha Nobre



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não basta fazer sombra.


Quantos julgamentos a gente ouve e vê por aí. É comum ver ou conhecer pessoas que julgam a todo tempo, comportamentos, atitudes, vida e até conquistas. Nós também julgamos muitas vezes, mas isso não é correto. Não somos juízes nem de nós mesmos, tampouco devemos ser de outras pessoas. 
Seria melhor antes de julgamos, analisarmos uma questão bem prática, a questão da árvore e seus frutos. Coloco sim na 1ª pessoa do plural pra não me isentar disso e não cair novamente no terrível erro do julgamento.
As pessoas acham que é fácil ser árvore, que basta ser, dar um galho pra alguém pendurar, ou quebrar um aqui outro ali para quem quer que seja, nem que seja pra pendurar um balanço. Isso pode até fazer com que você se sinta melhor tendo se tornado alguém útil para outras pessoas, mas isso não é tudo. Não é preciso apenas ser útil, dar sombra, tornar o campo mais bonito por ser uma árvore frondosa e cheia de folhas; é preciso dar fruto. 
De que adianta ser árvore se não há fruto? 
Viver de aparências pode durar pouco... 
Seja você, e não tenha vergonha disso. Se preciso mudar, mude, se não, mantenha a transparência e seja único. Não mostre a ninguém algo que você gostaria de ser e não consegue, isso soa falsidade. Seja quem é, e se desejar ser diferente, alcance primeiramente a mudança pra depois revelar quem se tornou. 
Seja você, como for, e se o que você é não agrada a Deus e a você, mude! Seja aquela pessoa que sorri à toa mesmo quando o momento exija seriedade; a que fala alto e não consegue ser diferente; a que é sincera mesmo quando a verdade machuca; a que fala 'besteira' inconsciente, sem a intenção de ferir ninguém; a que não julga outras pessoas pelo julgamento de terceiros - conhecer alguém ainda é imprescindível; a que não vê maldade nas coisas mesmo ela, a maldade, estando estampada no rosto das pessoas; a que sabe reconhecer um erro e não tem vergonha de admiti-lo e pedir perdão; a que se cala quando preciso, e também a que continua falando mesmo pessoas tendo 'calado' a sua boca; a que consegue passar por cima do orgulho e correr atrás de sonhos, pessoas, oportunidades; a que não consegue vencer o orgulho também, mas sabem admiti-lo; a que sabe guardar um segredo, e não prejudica ninguém; a que sabe que precisa mudar em algum aspecto, não consegue, e pede ajuda; a que fala a verdade acima de qualquer situação; a que não tem vergonha de ser ela mesma; a que tem vergonha de ser e vive tentando mudar; a que é independente; a que depende também; a que é constante; a que não consegue manter essa constância, sofrendo ou não de algum transtorno de personalidade; 
As aparências falsas podem fazer com que as pessoas se aproximem de você, tornem-se amigos, mas com o tempo as películas desgastam, ou como preferir, as máscaras caem e a convivência revela quem as pessoas realmente são, e o resultado pode ser traumático: decepção, mágoa, dor e, um adeus. 
E isso pode fazer de você uma árvore doente, as folhas vão cair e te dar um aspecto de árvore em pleno outono, quase seca. Mas ainda assim, há esperança... 
"Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta." Jó 14:7-9
Mas não esqueça: Não adianta só fazer sombra, árvore tem que dar fruto! 

Beeejo
Soninha Nobre

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quando há vontade...

Me deu vontade de escrever, e cá estou...
Já tem um tempinho que reflito a respeito de um assunto um pouco delicado e bastante questionador. Eu mesma fico me perguntando e perguntando e perguntando, tentando achar respostas, porém tenho a sensação de que elas nem existem.
Há caminhos que não se pode entender à medida que há questões sem respostas, e existem significados que nem mesmo o dicionário seria capaz de definir.
Estou falando da bendita VONTADE. Aquela que às vezes dá e passa, e aquela que dá e não passa enquanto você não a satisfaça.
Não comece pensando mal e achando que falo de certas vontades (sei que você pode estar pensando aí), e essas, pra quem puder, mate-a, e pra quem não pode, trate de vencê-la.
Falo da vontade de vencer, a vontade de concluir um sonho que se começou e por alguma razão foi interrompido, a vontade de alcançar, a vontade de esquecer, a vontade de continuar, a vontade de realizar, a vontade de perdoar, a vontade de recomeçar, de reconstruir, de reinventar... falo de vontades.
É que é difícil ir quando se quer ficar, sorrir quando se quer chorar, continuar tentando quando o que se quer mesmo é chutar o balde, o pau da barraca, jogar a toalha, desistir. Mas quando se tem vontade, a gente vai e faz!
Quando há vontade de ficar um tempo perto, a gente vence a falta de tempo, a agenda apertada, a gente mata aquela aula que não vai nos atrapalhar, a gente sacrifica os minutinhos online pra fazer uma ligação, a gente aperta um horário aqui e outro alí e corre pra fazer uma visitinha surpresa. Alguns relacionamentos precisam ser cultivados, tempo que precisa ser investido e amizades que precisam ser mantidas, e isso, muitas vezes, só se é possível quando há um sacrifício a ser feito, uma vontade a ser satisfeita.
Quando há vontade de realizar um sonho, a gente revisa o nosso orçamento, faz uma contenção nos gastos, e consegue sacrificar pra realizar. Quando há a vontade, a gente se esforça.
Quando há vontade de voltar atrás em uma decisão, mesmo que isso custe algo, a gente o faz, pois é melhor ser feliz admitindo que mudou de opinião, a tentar sustentar uma decisão que pode ter sido tomada de maneira precipitada e gere infelicidade; afinal, já dizia Pascal "só muda de opinião quem pensa".
Quando há vontade de fazer algo dar certo, a gente se esforça. Engole um pouco o orgulho e se cala às vezes, cede quando é preciso ceder, sorri quando rola alguma provocação, ignora o que precisa ser desconsiderado, e tudo dá certo. Quando há a vontade, a gente quer, faz com que dê certo.
Já procurei ser mais dura e esquecer de vez algumas coisas, já tentei ser fria e fazer de conta que não me importo, já tentei esquecer e fingir que nunca aconteceu, ou conheci, ou vivi, ou somente soube, mas a verdade é que eu sou muito mole, choro à toa e não consigo ser algo diferente do que eu já sou. Talvez seja o DNA dos meus pais que me fizeram mole demais, não tão dura quanto eu gostaria, ou talvez fosse DEUS querendo me preparar pra viver algo que realmente se fizesse necessária tanta moleza. Mas a verdade é que eu tenho muita vontade de ser um pouco mais dura em alguns casos, mas essa vontade eu mesma não consigo satisfazer.
A verdade é que existem vontades que podem ser satisfeitas, e outras, vencidas e esquecidas...

Beeeejo

quinta-feira, 24 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amor sem amor, se apaga.


Com a exceção do amor de Deus que não depende do nosso pra sobreviver, quase tudo nessa vida depende de uma reciprocidade.
É a velha história da florzinha que precisa ser regada sempre pra não murchar ao ponto de morrer. 
É a arte de dar e receber, não que o dar se faça necessário apenas quando recebemos algo em troca, não. Não é esta a motivação, mas a verdadeira comunhão também depende da reciprocidade. 
Não é fácil dar amizade, amor, atenção, sinceridade e compaixão, se isso não voltar a você em alguma ocasião. Nenhum relacionamento se sustenta quando apenas uma das partes se doa quase que ininterruptamente para que a outra se acomode a ponto de matar o que há de bom. É a lei da troca, é preciso dar, mas em algum momento é necessário receber também, para que o equilíbrio no relacionamento exista. Para que, em algum conflito, não hajam episódios em que um lance na face, ou como preferir,  'jogue na cara' um do outro que fez e não teve retorno. É a regra, o que não quer dizer que seja sempre respeitada. 
Amizade é reciprocidade. Amor também. Respeito, nem se fala, e então, a consideração.
Gosto de falar de amizade, pois já vivi e vivo experiências incríveis que me fazem avaliá-la de uma forma muito especial. Quando as circunstâncias diárias nos tiram do foco, nos sufocam a ponto de vacilarmos em fé, em atitudes, é aí que mais precisamos de amigos. Amigos que nos deem carinho, atenção, ouvidos. Talvez nem seja preciso falar muito, ter sábios conselhos e palavras, ouvir é sempre o melhor a se fazer. 
Para que haja amizade, é preciso que sejam de todos os lados. Seja em grupo, seja em dupla... se há amizade, ela tem que ir e voltar. Eu te dou, você me dá. 
Da mesma forma acontece com o amor. Todas as histórias de amor que conheço, mesmo que tenham sido platônicas ou pseudo-romances, e que não houve um retorno, uma reciprocidade, uma troca de sentimentos, faliu de forma sofrida. Resultou em corações feridos, traumas romancistas e resistências a novos relacionamentos. Tudo isso por falta de amor. Deu-se e não recebeu em troca.
E o que dizer sobre o respeito? Quem respeita a si mesmo, respeita o próximo. Esta é uma lição de berço, de princípios. Mas Mesmo que eu respeite alguém com tanto afinco, e esse alguém não me respeitar, uma hora vai haver desrespeito também, nem que seja o mais sutil possível. 
Com relação à consideração, é a suma de todos os que citei... é a troca.
Mas a realidade é que coração é terra em que tudo que se planta, dá. Dá-se amor quando o amor é plantado, e da mesma forma a amizade, o respeito e a consideração. 
Há uma infinidade de situações em que o sentimento morre quando não há retorno, e isso não é nada injusto, é justíssimo! 
Mas, diante de todos eles, é preciso que haja gratidão. 
Já disse inúmeras vezes e repito que um coração grato é um canteiro de muitas possibilidades, pois, se há ingratidão, há morte. Morte de sentimentos, de amor, amizade, respeito e consideração. A ingratidão fere e mata. Nós é que não podemos permitir que sentimentos tão benéficos à nossa vida morram por causa da falta de algo tão simples, tão natural que deve fazer parte da nossa vida diária: a gratidão!
Resta-nos refletir em algo simples e real para que não soframos o dano depois, pois não é sempre que o arrependimento permite nos trazer de volta o que poderia ter sido bom, e não foi por causa da falta de reciprocidade. 
Logo, amor sem amor, se apaga.


Beeejo

quinta-feira, 10 de maio de 2012

É amor demais!


Um dia do ano é pouco pra dedicar às mães. Dos 365 dias, ao menos 300 deveriam ser dedicados a elas. Elas que são responsáveis por quase tudo que somos e merecem muitas, mas muitas homenagens todos os dias. 
As outras mães vão me desculpar, mas como a minha Nobre mãe, não há. E hoje, e nos dias que seguem, a minha homenagem é pra ela que tem feito a minha vida mais doce, menos dura, e os meus dias mais fáceis. Ela que faz do nosso lar o melhor lugar do mundo para se estar, e o seu colo, o melhor aonde se espalhar e esquecer o que se passou, o que se passa.

A minha mãe é muito nobre, nobreza em pessoa. Sua tranquilidade chega a irritar às vezes quando uma situação exige um pouco de rapidez, mas se não fosse essa tranquilidade, muita coisa iria ruir. Sua paciência excede toda habilidade ou tentativa de esperar, ninguém consegue se igualar a ela nesse ponto. Não tem obrigação alguma de suportar minhas chatices, mau humor ou crises existenciais, mas aguenta, por amor. Quando ninguém consegue mais ouvir minhas reclamações, ela ouve, só ouve, e entende. Que outra pessoa neste mundo aguentaria uma Soninha de TPM? Ela aguenta, e cuida, e me convence - do jeito dela - a acreditar que as coisas podem sempre ser melhores. Minha melhor amiga, companheira, ouvinte, conselheira e amor maior. Nem se juntasse todos os amores que já senti por todas as pessoas que amei e ainda amo, não seria possível igualar. 
Amo tudo nela, a teimosia, a mania de vestir camisetas surradas que nenhuma Lacoste substitui; O exagero na quantidade de comida, na hora de cozinhar; a preocupação excessiva com todos que ela ama, mesmo não possuindo laços sanguíneos; a preocupação que não a deixa dormir enquanto todos não tiverem no 'seu ninho'; a mania de tomar chá quando está ansiosa; o coração sem tamanho; o hábito de ser empática e se colocar no lugar de todo mundo na hora de analisar um problema, e se há problemas, assume como se fossem seus; a sensibilidade aflorada; o amor que não sossega; o cuidado tão latente... tudo. Amo tudo nela.
A maior parte de mim está em amá-la e tentar retribuir, o que sei que jamais vou conseguir. 
Até escolher um presente pra ela é fácil, pois ela gosta de tudo e não se importa em ganhar um presente para 'a casa' como dizem por aí, um utensílio doméstico, ou algo que todos irão desfrutar, menos ela; Sua simplicidade chega a ser sofisticada, tamanha sutileza.
Impossível falar dela sem sentir uma vontade imensa de gritar pra todo mundo ouvir o quanto é bom ser filha de uma nobreza em pessoa. 
Hoje tenho quatro grandes agradecimentos a fazer:
A Deus. Ele não poderia ter escolhido entranhas melhores pra me abrigar.
Ao Sr. Expedito e Maria do Carmo Nobre. Se estivessem vivos eu me ajoelharia diante deles em gratidão por terem gerado a melhor pessoa do mundo! 
E a ela, Maria Nobre, minha mãe, por me fazer a pessoa mais feliz do mundo, só por me chamar de filha! 
Primeiro a cruz, depois o amor de mãe. Foram as formas mais lindas que Deus me deu para revelar seu amor por mim...
Te amo, sem limites, sem medidas, sem reservas...

"Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba." Drummond


segunda-feira, 30 de abril de 2012

DOIS FILHOS DE MIRO


Sou fascinada por histórias. Se elas são reais então, conseguem ser mais fascinantes ainda. Até alguns filmes quando baseados em fatos reais, são mais interessantes.
A verdade é que as histórias, quando bem contadas, despertam em nós muitas emoções, nos comovem, nos fazem refletir e sorrir.
E hoje talvez eu não consiga despertar em você alguma dessas emoções, mas posso lhe assegurar que você vai gostar de conhecer essa história que vou relatar, história essa que mudou a vida de uma porção de gente, inclusive a minha.
Então vamos lá...
Todo mundo tem um exemplo a seguir, uma referência, um ícone em quem se espelhar às vezes. Pode ser alguém próximo, ou não; pode ser que seja uma personalidade da mídia, um autor ou até mesmo um personagem de algum livro. Não importa quem seja ou como seja a sua referência, mas é bom ter alguém para aprender com seus exemplos.
A história que vou contar é em dose dupla. Sim, gêmeos com uma história nada mais ou nada menos que incrível. São eles Santão e Santino, meu pai e tio-pai, nesta ordem. 
A história se deu em 1946 no sertão Nordestino. Era dia 1º de maio, dia do trabalhador, e Deus presenteou aquele sertão com duas crianças com garra de trabalhadores.
Maria Matilde dá a luz a crianças idênticas, univitelinas, muito miúdas e sem perspectiva alguma de vida ou de um futuro, devido às condições que aquela família vivia, na época. O cenário era Patu/RN, mais tarde seguiriam para o Ceará para só então depois fincarem as raízes no sertão Paraibano. 
Foi lá que eles cresceram e viveram tempos de privação, dor e muito, mas muito trabalho mesmo. 
Talvez a ideia de privação que você tenha seja algo relacionado ao que comer, o que não deixa de ser real, mas as privações que aqui vou relatar, vão muito além de uma refeição.
O velho Miro e Maria Matilde, sertanejos pioneiros, nunca permitiram que o trivial faltasse no prato, porém, mordomia e fartura não eram uma realidade para aquela família. Além de Santão e Santino, haviam até então 4 crianças mais velhas, e uma delas com apenas 1 aninho de vida. Facilidade não era uma palavra muito compreendida por eles, e não seria diferente para Santão e Santino. 
Eles cresceram com saúde e muita disposição. Eram crianças alegres e cheias de energia, até demais para as histórias que já ouvi. Santão chamava Santino de "RimRim" e este, por sua vez, chamava Santão de "NãNãe", e ambos viviam numa sintonia impressionante; não saíam de perto um do outro a não ser que o velho Miro levasse um deles, e apenas um, para acompanhá-lo na cidade em alguma compra, o que era um programa divertidíssimo para as crianças. Porém, o que ficava em casa, chorava de forma inconsolável. 
O fato que vou relatar, acredite, não está carregado de uma só vogal de exagero. As grandes indústrias de calçados deveriam ter conhecimento desse fato:
Com apenas 3 anos de idade, Santão e Santino nunca haviam possuído um par de chinelos. Chinelos mesmo, desses que chamamos de "As legítimas", "chicão", enfim... Certo dia, o velho Miro encontrou em algum lugar um ótimo achado, uma espécie de pedaço de couro semelhante a um "solado" de calçado, e acredite, ele recortou-o no formato de chinelos dos pés de Santão e Santino e colocou nelas "correias", os chamados currulepes. Mas o inesperado aconteceu, ao invés de 4 sandálias, ou seja, 2 pares, o couro só deu para fazer 3. Um deles ficou com apenas um dos pés calçado, e com toda a alegria e satisfação do mundo ao olhar fixamente só para aquele pé calçado, o único, como fazemos quando colocamos sapatos novos, aqueles que desejamos muito, permaneceu alegre. 
Realidade difícil, principalmente para duas crianças tão pequenas que viviam em meio a tanta dificuldade. Com um detalhe importante: eram felizes.
O propósito do relato não é despertar em ninguém nenhum tipo de sentimento do tipo "Poxa, que triste!", "Tadinhos deles" ou "Pobrezinhos!", não. Se há um propósito é de mostrar que um grande exemplo de vida é possível sim, mesmo quando as condições, o meio e a sociedade ditam o contrário. 
Esses exemplos bastaram? Ainda não, tenho outros. 
Santão e Santino cresceram, brincaram, sorriram, choraram, sofreram privações mas foram muito felizes. No decorrer dos anos deixaram a casa dos pais e partiram para construir suas próprias famílias, perderam seus pais, o irmão mais velho, cunhado. Passaram alguns outros anos, perderam outro irmão amado, um cunhado/irmão e por aí seguem suas vidas, demonstrando bravura mesmo em meio à dor.
Hoje, eles se emocionam com facilidade ao ver seus filhos traçando caminhos vitoriosos, de conquistas e determinados a irem além. Seus netos? Crescendo cercados de mimos, presentes, estudos, calçados de inúmeros tipos, cores e modelos, munidos de tecnologias e por aí vai. Se orgulham principalmente ao lembrar que foram vestir a primeira roupa aos 9 anos de idade, e antes disso, andavam nus, ou mal vestidos. 
Santão e Santino tiveram tudo, absolutamente tudo pra ter um futuro triste. 69 anos depois eles não têm formação universitária, nenhum diploma foi emoldurado e pendurado em uma parede bonita, uma carreira de sucesso não foi conquistada, nenhuma grande herança material acumulada e nenhum testamento assinado diante de um tabelião, mas tudo isso foi trocado por uma história que tem rendido muito orgulho e um espelho sensacional para o futuro de muitas famílias. 
É com todo amor e orgulho que apresento a vocês, nos seus 69 anos, grande parte de mim: Santão e Santino! 


Atualizada em 1 de maio de 2015.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tente outra vez.


Fazer planos é algo quase tão natural quanto respirar. Costuma-se fazer planos para quase tudo na vida, e, antes mesmo que haja uma própria vida, os pais já haviam feito planos, ainda quando existiam apenas embriões.
É. É algo quase natural. 
Natural fazer planos para um final de semana ou feriado, afinal, não é todo mundo que se dá bem lançando os dias ao acaso. É natural planejar uma viagem, que seja de uma única noite, mas planejar algo, traçar uma rota, estabelecer metas, é quase como uma oração inicial em quase tudo que se faz.
Tudo bem que existem alguns casos em que não se planeja nada, e o resultado final é surpreendente. Mas, não é sempre que podemos confiar no acaso. 
Enfim, planejar é preciso, mas infelizmente não é uma garantia de que as coisas vão sair à maneira como esperamos, ou planejamos. 
Infelizmente, e infelizmente mesmo, podemos nos frustrar com os resultados, e até mesmo como o 'não acontecimento' do que planejamos. 
O emprego pode não sair; a conta pode não se paga; o dinheiro pode não surgir; a cura pode não vir; a gravidez pode não acontecer; o pedido pode não ser feito; as flores podem não chegar; o perdão pode não ser liberado; a dor pode não passar; o milagre pode não acontecer. 
Sim, infelizmente as coisas podem não acontecer. 
Mas não é porque as coisas não acontecem como planejamos que a frustração pode chegar e se instalar. Não. Nós podemos sim aprender com as negativas da vida e tirar algo bom disso.
É certo que algumas delas podem gerar dor, e é certo também que algumas dores analgésico algum faz passar, mas também é certo que nos momentos de maior dificuldade, o processo de aprendizado fica um pouco mais acelerado, e isso compensa muito no final.
Algumas negativas vem para nos fazer sair um pouco do comodismo. Comodismo de se planejar e sair tudo certinho. Fazemos uma espécie de Check List e vamos conferindo item por item, e pode acontecer de falharmos em algum aspecto, então é a nossa oportunidade de parar, analisar, e retomar. 
Erros só existem para nos fazer pensar, nos ensinar, e nos impulsionar a torná-los em acertos em uma nova oportunidade. Mas mesmo errando e recebendo inúmeros 'NÃO's', vale à pena planejar, uma, duas, três e até mais vezes. O que não podemos é desistir e arquivar algo que em um primeiro momento não deu certo. 
Já parou para pensar como seria se Thomas Edison tivesse desistido da invenção da lâmpada na primeira falha? Se a Coca-Cola não tivesse tentado, tentado, tentado até criar aquele antidotozinho pretinho que quase ninguém vive sem? E se Cristo tivesse desistido da Cruz? 
Há sempre uma nova tentativa, uma nova invenção, uma nova escolha! 
De uma coisa eu sei... que quando as coisas não seguem da maneira que queremos, algo bom nos aguarda à frente, e desta vez, bem melhor do que planejamos.
Beeejo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sobre o amor

Hoje resolvi escrever sobre um sentimento que move muita gente, move muitas coisas, move o mundo, move tudo.
Eu me alimento de amor. E o que é o amor?
Amar é ter paz, pois aonde há amor, se é amor, há paz; amor é mais do que dinheiro; amor é vontade de sorrir o tempo todo, de chorar quando se sente saudade; amar é distribuir sorrisos só de pensar em certo alguém;
Amar é estar perto, é a dor de se estar longe; não me refiro apenas ao amor entre um homem e uma mulher. Amor, pode ser de todos os tipos. Amor é algo tão intenso, que em alguns casos até deixar é amar. Sim, deixar é amar. Deixar alguém livre quando o amor desse outro alguém já não é tão forte, se o amor ainda restou para alguém, esse alguém é capaz de deixar, só por amar. 
É muito gostoso amar. Quando o amor começa a acontecer, é algo muito mágico. É se sentir sem controle nas pernas e nas mãos, quando o alvo desse possível amor se aproxima; é a vontade de esticar o braço pra tocar a pessoa, só tocar; e quando começa a acontecer, o indivíduo começa a achar que tudo que o outro faz é um sinal ou uma pista; é ter a preocupação quase idiota de dizer apenas coisas que não ferem; é não se importar com o que façam com você, mas não sentir a mínima vontade de deixar ir; é sentir a falta do outro, mesmo se ausentando por tão pouco tempo; 
É amor de Deus, de mãe, pai, de irmãos, de amigos, dos amantes. É amor. 
Pode-se ter tudo, mas sem amor, nada se tem. 
Se é amor, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
E isso acaba? Depende de você. Tudo isso pode sim durar pra sempre, como também durar pouquíssimo tempo. Isso é amor. 
O amor é basicamente isso, ou já não sei mais o que é amor. 

Muito amor pra todos nós!
Beeejo



domingo, 15 de abril de 2012

Redenção.

Uma dica super especial pra quem gosta de um bom filme. Na verdade, um excelente filme.
Redenção é um filme, baseado em fatos reais, onde Sam Childers (Gerard Butler), depois de sair da prisão, se converte e vira pastor, e, em seguida, passa a fazer trabalhos voluntários na África. O que inicialmente seria uma curta temporada para reconstruir casa na devastada Uganda, se transforma em um envolvimento político no Sudão. Enquanto espera por apoio financeiro para ajudar crianças desabrigadas e levantar armas contra os rebeldes no poder, Sam encara novos dilemas: dar atenção à sua família, manter a sua fé e confrontar um passado violento que ele pensava ter deixado para trás.

O filme é uma verdadeira lição, especialmente para nós cristãos, que deveríamos sacrificar mais por pessoas que precisam tanto de nós, elas declarando ou não a mesma fé que nós.

Preparem-se para chorar com essa história emocionante. E não deixem de ver o depoimento do verdadeiro Sam Childers, ao final dos créditos.


Bom filme!!!

Beeejo

sábado, 7 de abril de 2012

A escolha de ficar, é sua.

           Pode haver tragédia maior, que alguém a quem amamos muito, seja tirado fatal e brutalmente de nós? Poderia ter havido tragédia maior para João que um Jesus morto? Três anos antes dera as costas à sua carreira e unira seu destino ao desse carpinteiro nazareno. No começo da semana, alegrara-se numa parada, enquanto Jesus e os discípulos entravam em Jerusalém. As coisas tinham mudado depressa! As pessoas que, no domingo, haviam-nO aclamado rei, bradaram por Sua morte na sexta-feira. Estes linhos eram uma lembrança tangível de que seu amigo e seu futuro estavam envoltos em panos, e selados atrás de uma pedra.
            João não entendia, naquela sexta-feira, o que você e eu sabemos agora. Não compreendia que a tragédia daquela sexta-feira seria o triunfo do domingo. Mais tarde confessaria que “ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos” (Jo 20:9). João, simplesmente não sabia. É por isso que o que ele fez no sábado é tão importante.
            Nada sabemos sobre este dia; Nada sabemos sobre aquele sábado; não temos uma passagem para ler, nem conhecimento a partilhar. Tudo o que compreendemos é que, quando o domingo chegou, João ainda estava presente. Quando Maria Madalena foi procurar por ele, encontrou-o.
            Jesus estava morto. O corpo do Mestre estava sem vida. O amigo e o futuro de João estavam sepultados; mas João não fora embora. Por quê? Porventura esperaria pela ressurreição? Não. Até onde sabia, os lábios foram para sempre silenciados, e as mãos, para sempre paradas. Para sempre. Não aguardava uma surpresa dominical. Então, por que estava ali?
            Era de se pensar que tivesse partido. Quem sabe se os homens que crucificaram a Cristo não iriam atrás dele e dos demais discípulos? A multidão estava contente com uma crucificação, por que não mais outras? Os líderes religiosos poderiam ter pedido mais uma. Por que João não saiu da cidade?
            Talvez a resposta seja pragmática; provavelmente naquele momento cuidasse da mãe de Jesus. Ou, quem sabe, não tivesse outro lugar para ir. Pode ser que não possuísse dinheiro, ou forças, ou coragem, ou direção... ou nenhuma dessas coisas.
            Ou, talvez, demorou-se porque amava demais a Jesus e a sua ficha ainda não tivesse caído.
Para os outros, Jesus era um operador de milagres. Para os outros, Jesus era um grande Mestre. Para os outros, Jesus era a esperança de Israel. Mas para João, era tudo isto e mais. Para João, Jesus era um amigo.
            Você não abandona um amigo – nem mesmo quando ele está morto. João ficou perto de Jesus até o fim; e mesmo depois do suposto fim.
            Ele tinha o hábito de fazer isto. Estava perto de Jesus no cenáculo. Estava perto de Jesus no Jardim do Getsêmani. Estava aos pés da cruz, na cena da crucificação, e achava-se a uma curta caminhada da tumba, no sepultamento.
            Ele entendeu Jesus? Não.
            Estava contente por Jesus ter morrido? Não.
            Mas ele deixou Jesus? Não.
             E você? Quando se encontra na posição de João, o que faz? Quando é sábado em sua vida, como reage? Quando está em algum lugar entre a tragédia de ontem e o triunfo de amanhã, o que realiza? Deixa Deus ou fica perto Dele?
          João escolheu ficar. E porque ficou no sábado, estava por perto no domingo para ver o milagre...
            Escolha ficar. Deus pode pegar o que hoje é um símbolo de tragédia e transformá-lo em um símbolo de triunfo. Sim, Ele pode. Mas a escolha de ficar é sua.

Trecho extraído do livro Ele Escolheu Os Cravos – Max Lucado e adaptado por Soninha Nobre.