domingo, 24 de dezembro de 2017

NÃO SEJA UM IDIOTA



Conforme os anos vão passando na vida da gente, enxergamos certas coisas com mais clareza. No auge da intensidade das emoções, dos sentimentos, somos incapazes de ver certos rompimentos como algo positivo, pois damos uma dimensão tão grande à dor, que os outros sentimentos ou noções lógicas ficam camuflados em meio a tantos dramas. Mas, por mais que o amadurecimento venha com o tempo e com aquelas boas pancadas que a vida nos dá, encerrar ciclos continua sendo uma das coisas mais difíceis que temos que enfrentar. Isso vale para os bem amadurecidos, tanto quanto para os que não o são.
Os bons relacionamentos foram criados para salvar a gente. Sério, de verdade. Quantos de nós já fomos salvos de uma encrenca por causa de um conselho amigo? Quantos saímos de um relacionamento abusivo, porque alguém que se importava muito conosco nos encorajou? Quantos já emplacaram uma carreira por apoio de alguém que torcia pela gente? Sim, os bons relacionamentos nos fazem ir além, em muitos casos. Mas, os maus relacionamentos também podem nos destruir. Sim. Não pense que me refiro àqueles que fazem relação ao uso de entorpecentes, ao mundo da criminalidade e por aí vai. Me refiro àqueles que nos fazem morrer à mingua em uma relação que, ao invés de criar bons laços, tornaram-se forcas.
Seguimos cultivando e levando relações doentias, respirando por aparelhos por investimento de um lado só – as famosas unilaterais, e cada vez mais infelizes. Qual o sentido de permanecer em um tipo de relação que só faz mal? Talvez, nessas primeiras linhas, você pense que tudo é muito pesado e radical, portanto, sigo dizendo: há relações que precisam acabar para não acabar com a gente.
Embora pareça brega, é bem verdadeiro o tal do “não é a distância que afasta as pessoas”, é o “tanto faz”, e ele é o câncer das relações.
O mundo anda uma loucura. É trabalho, casa, carreira, filhos (ou não), família (ou não), negócios, estudos, hobbies, e tantas outras coisas, e a gente ainda tem que lidar com mil tecnologias para nos deixar conectados uns aos outros. Precisamos levar em consideração que nem sempre temos tempo para encontrar ou conversar com todos, e, vamos combinar né? Essas redes sociais nos salvam muito. Mas nos destroem também. Em nenhuma outra época a tecnologia disfarçou tão bem a indiferença, e esta, modernizada ou não, segue matando tantas expectativas por aí. A grande verdade é que, hoje, o que mais afoga os sentimentos e entristece o coração, chama-se indiferença. É a mãe que é a última a saber de uma conquista do filho; o amigo que é excluído da lista de casamento; o irmão que não partilha da vida com o outro; atitudes que vão mostrando que a pessoa se importa menos com você do que você realmente merece. A indiferença nada mais é que a terrível arte da desafetação ou desdém, como preferir.
Pratica a indiferença quem não se importa com o próximo. E isso não é radicalismo, uma vez que ela, a indiferença, é a famosa espada de dois gumes que uma hora você corta, outra hora corta você. Praticar a ‘indiferença’ é praticar a ‘desumanidade’, pois, um vez praticada, faz do outro ou da questão, qualquer coisa, bem assim, “qualquer”.
Ignorar pode ser desrespeitoso. Não é preciso uma pessoa morrer de amores por outra, mas se há relacionamento, há que se ter consideração e respeito. Sejamos gentis. Honestos uns com os outros.
Talvez realmente o texto soe pesado, e até seja mesmo, mas considere-me uma pessoa que te quer bem, mesmo não te conhecendo a fundo, simplesmente por dizer-lhe essas palavras: há relações que precisam acabar para não acabar com a gente.
Volto a dizer: Não é a distância que separa as pessoas. É o tanto faz. 
Eu odeio que me mande repetir frases, mas vamos nessa, repita comigo: há relações que precisam acabar para não acabar com a gente. 
É preciso entender que nem todo afastamento é ruim.
Se é verdade que a indiferença pode destruir bons sentimentos, então também é bem verdade que o final desse tipo de relação pode revigorá-los, mesmo parecendo o fim.
E, por fim, e com o intuito de nos ajudar (me incluo nessa), vamos a alguns passos importantes para ter bons relacionamentos: 
1-    Coloque todo o seu coração em tudo. Do outro lado pode ter alguém totalmente desprovido de sentimentos bons;
2-    É preciso entender que todo o tipo de relacionamento, seja ele profissional/afetivo/amoroso/ministerial, ou outros que eu não tenha citado nessa relaçãozinha, é imprescindível que haja RESPEITO;
3-    E, por último, e não menos importante do que os anteriores e dos que não foram mencionados aqui: NÃO SEJA, em hipótese alguma, de jeito nenhum, nem pensando, nem morto, vivo, nem que o mundo esteja sendo destruído por fogo, meteoros, terremoto, ou o que seja: NÃO SEJA UM IDIOTA.

Feliz 2018, gente!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O amor que vale à pena

É muito bonita a ideia de que o amor é mais forte do que tudo, e sempre vence. É mais linda ainda aquela história de que o amor verdadeiro aceita o outro do jeitinho que ele é. E sobre se colocar em segundo plano para que o outro esteja sempre bem? Tudo isso é tão bonito, não é mesmo? 
É bonita também aquela ideia de que o amor é cego, mas penso eu que isso pode custar muito mais caro do que parece. O amor enxerga tudo, o que há de bom e o que há de ruim também, e, assim, enxergando, ele nos ajuda a corrigir uma porção de maus costumes, manias, ou até mesmo de não saber tão bem dar amor. O amor não é cego, ele enxerga muito bem, inclusive todos os defeitos, só que ao contrário do que vemos por aí com relação a tantos apontamentos de defeitos e erros, o amor que vale à pena ajuda que o outro corrija seus defeitos. E nos torna grandes.
Mas o amor, ah o amor, é bem mais que tudo isso!
Não é balela aquela história de que o amor precisa de uma base sólida. Ele precisa, e muito, de uma boa base para durar para sempre, caso contrário, estaríamos construindo casas em areia movediça. Essa base está logo ali, a um dobrar de joelhos de distância. É justamente no amor de Deus, que o amor que vale à pena acontece, nos vem como resposta.
Seria possível escrever um livro grandão sobre tudo o que o amor é e pode fazer, mas só temos um pedaço de papel para tentar descrevê-lo, então vou tentar resumir:
O amor que vale à pena não nos faz encolher, ele nos faz maiores, mais fortes e mais capazes;
O amor que vale à pena nos deixa com aquela vontade gigante de estar junto, perto; aquela vontade deliciosa de voltar para casa e poder dizer o quanto ele é lindo, o quanto ela está bela com aquela roupa, o quanto ele cozinha bem, o quanto ela está cheirosa, quão grande foi a saudade do dia, o quanto ele fica charmoso com a barba por fazer, o quanto ela fica provocante com o cabelo molhado.
Você descobre o amor que vale à pena, quando sente que ele, o amor, se apoderou do seu coração, dos seus olhos, da sua casa, do seu celular, do seu carro, das conversas com os amigos, das reuniões familiares, de tudo. 

Sentindo isso, só me resta lhe dizer:  Parabéns, você o encontrou e esse amor vale à pena!

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

SOMOS TODOS LINDOS

Minha mãe vai me desculpar, mas eu nunca fui uma criança linda. Sempre desajeitada, magricela e nunca simpatizei muito com questões de estética, aquelas que as crianças sempre gostam, como passar batom, andar com os cabelos e unhas sempre em harmonia com uma roupinha bonitinha. As meninas não queriam ser minhas amigas pois não gostavam de andar com meninas feias, logo, sempre socializei mais com os meninos. Eles sempre me trataram bem, mas não queriam me namorar. Que menino namoraria meninas feias? 
Mas eu cresci... porém a beleza não me acompanhou. Continuei feinha. Não era horrorosa, mas também não era bonitinha. Louvado seja Deus pelo vôlei! Não precisava ser bonita para entrar para o time, era só saber jogar, e, modéstia à parte, eu sabia bem. Não era preciso se arrumar bem para os treinos, bastava um rabo de cavalo, uma camiseta folgada e... vixe, um short curto e colado. Puxa! Aí nem minhas boas habilidades do voleiball me salvavam! As pernas eram um pouco mais compridas que as das outras meninas, e finas que pareciam quebrar, com um joelho imenso entre a canela e o fêmur (pois aquilo não podia ser chamada de cocha, ainda). Mentalizem!
Mas aí já era maiorzinha e com a adolescência veio a vaidade... e as coisas foram melhorando.
Já tinha mais amigas do que amigos meninos, já recebia olhares de meninos, mas nenhum se interessava por mim. Por que será? A beleza não era meu forte, realmente.
Mas particularmente, isso nunca me fez mal, eu sentia que outras coisas eram mais importantes pra mim. E eram mesmo, como por exemplo, ter amigos. 
Ao contrário do efeito que muito preconceito e a rejeição podem causar na vida de uma criança, um adolescente e até mesmo um adulto formado, eu cresci muito bem resolvida. Isso nunca me tornou menos consciente da minha capacidade que estaria muito além de uma simples aparência física. 
Sempre fui uma criança extrovertida, sempre gostei da muvuca e o riso era fácil, e um pouco contagiante, acho que as pessoas gostavam de mim porque me achavam divertida e eu também conseguia enxergar e me envolver mais pelo coração delas. O tempo foi passando e me tornei uma mulher, foquei em outras coisas e sempre deixei que o bom humor ocupasse boa parte dos meus dias, pois a vida, assim como acredito ter sido para muitos de vocês, nunca foi das mais fáceis. 
Passei quase toda a minha vida ouvindo expressões do tipo: "você é o patinho feio da sua casa, suas irmãs são tão lindas!", "Você tem uma beleza exótica", "Você não é tão linda mas é suuuuuper elegante!", "Tu é chique demais mulher!". 
Falo abertamente a respeito disso, e com zero porcentagem de ressentimento ou trauma, pois nunca internalizei nenhum tipo de baixa alto estima ou complexo referente à beleza. Sempre me amei do jeito que sou e me sinto completamente aceita por mim mesma, e isso me isenta de qualquer tipo de aceitação que venha de outros, nunca precisei.
Todo esse relato é para que alguns de vocês entendam que a beleza nunca deve estar acima das qualidades de uma pessoa, de seu potencial e muito menos de seu coração. 
Esqueci de mencionar as incontáveis vezes em que a frase "Tão linda por dentro!" quis me esbofetear diante do espelho! Mas eu nunca deixei.
Hoje minhas pernas um pouco compridas me favorecem, a benção de comer feito uma forrageira e não engordar, também; além disso tem o meu pescoção, meu fêmur não é apenas fêmur mais, e gosto de brincar com meu cabelo! Me sinto linda por fora, sem falsa modéstia e sem convencimento também! 
Mas, finalmente, não seja canal do mal para colocar no coração das pessoas traumas, sentimentos de rejeição e preconceitos. As pessoas são muito mais que os corpos que elas têm, que a textura de seus cabelos, que a cor de suas peles e de seus olhos. 
Eu resisti ao que tentaram impor a mim, mas não são todos que têm a sorte de resistir! 
O mundo já é feio demais para que tenhamos que nos sentir também feios. Somos todos lindos, do jeito que somos, e muito, muito mais além, um coração alegre aformoseia um rosto. Sabe o que isso quer dizer? Deixe o coração das pessoas sempre felizes! Pessoas felizes são lindas, independente de sua aparência! 

Beeejo! 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

É PRECISO FALAR DE AMOR

Cai pedaço do mundo por toda a parte, as pessoas estão cada vez com suas vidas mais corridas, é casa, é família, é saúde, são as ocupações do dia-a-dia, e algumas pessoas ainda investem grande parte do pouco tempo que lhes resta para amar.
Isso mesmo. Amar demanda tempo, e este, mesmo que seja pouco, se multiplica quando é o amor que está em questão. 
O amor tem o poder transformador de reverter muitas situações, de acalmar outras, e de resolver também. Penso eu que seria o amor a solução para grande parte dos desmantelos que temos na vida, porém vez ou outra estamos tão cegos com os aperreios diários ou até mesmo esporádicos que o deixamos de lado. Sim, ele mesmo, o amor.
Não se trata de ter razão ou não, de entender ou não, de concordar ou não, o amor encobre uma ruma, ou uma porção, como preferir, de erros e divergências. É justamente ele que nos faz fazer valer à pena ficar, mesmo que muitos decidam ir. O amor é tolerante, e isso não está diretamente ligado à aceitação, porém, e de forma expressa, completamente atrelado ao respeito. 
Hoje queria escrever sobre as voltas que o mundo dá e sobre coisas que devemos deixar no hoje, não levando para o amanhã; mas sei lá, deu vontade de falar sobre o que me dá forças para tentar ser alguém melhor neste mundo. 
Eu não sei vocês, mas eu me sinto mais leve quando escolho esse caminho. E mais feliz. E mais eu. 

domingo, 10 de setembro de 2017

O CANTO DO GALO E EU




Você me chamou, me tirou de onde eu estava, e me chamou pra perto. Foi um convite para segui-LO, e fui. Me apaixonei completamente. Tudo que vivi foi pensando em você e para você. Foi tudo sempre tão intenso, tão inteiro, tão verdadeiro! E sempre muito maravilhoso. Passamos a andar juntos, eu, a te seguir e comecei a tentar te imitar. Eu sempre quis ser como você porque você sempre me inspirou. Enquanto eu conseguia te imitar, comecei a atrair pra perto de mim muitas pessoas especiais, e fiz grandes amigos. Uma multidão deles. Eu amava te ouvir, ouvir sobre você, e a estudar cada passo seu. Até que um dia me vi em meio a uma tempestade que parecia ser o meu fim, mas você acalmou tudo e me mostrou que vale muito a pena caminhar contigo.
Caminhar contigo sempre vale muito. E segui... com você. Te amando mais, até o dia em que assim como você, eu andei sobre as águas, mas tive medo, medo de não conseguir, e por essa razão comecei a afundar, mas a sua mão estendida me trouxe de volta ao ar. Como é maravilhoso te amar! 
Quando você me disse que eu te daria as costas um dia, me pareceu uma piada de mau gosto. Você me disse que eu te negaria, não só uma, mas três vezes. Logo eu? Tão íntima e próxima a você? Jamais!!!!
Mas como sempre, você não erra. As coisas foram acontecendo, as oportunidades surgindo, as paixões me cercando, e eu realmente neguei você. Uma vez. As situações me assolavam, tive medo, minhas carnes tremeram, e eu te neguei novamente. Não, não posso negar novamente. Mas sim, neguei. 
Te deixei por vontades passageiras, por coisas que não valiam mais que o amor que sentia por você. Mas neguei, troquei, te disse não. Deixei tantas experiências e histórias lindas pelo caminho, por hora. Até que o galo cantou. E quando me dei conta eu morri mil mortes em questão de segundos. Todas as nossas experiências juntos, todas as provas de amor e tantas coisas passaram como um filme na minha mente. Eu não poderia ter te negado. E quando me dei conta, eu havia te crucificado novamente. Todas as vezes que erro. O canto do galo e eu. Eu não quero mais te negar, não quero mais errar. 
E diante disso tudo, e de tantas vezes, você me abraça e me perdoa. 

...mas ainda bem que ainda existe a pedra removida, uma nova oportunidade, e o favor imerecido! 

E quanto a mim, só posso dizer: não mereço, mas obrigada por me amar! 



segunda-feira, 31 de julho de 2017

NÃO SEI QUE TÍTULO CABE AQUI.


Agosto vem bem alí e com ele aquela sensação de que vai durar, e dura mesmo, 189 dias. Tenho a impressão de que as horas demoram mais a passar, ou de alguma forma todos os relógios do mundo foram programados para que tenhamos um dia de 30 horas, no mínimo.
Poucas coisas acontecem em agosto, pelo menos aquelas marcantes que nos fazem contar os dias para que esse mês chegue. Que bom para quem teve a sorte de algum acontecimento nesse mês, daqueles que fazem o coração quase parar: um casamento, a chegada de um filho, uma viagem marcante, um novo emprego, o surgimento de um novo amor.
Mas não serei tão rígida com o pobrezinho desse mês, não é justo impor tanto mal querer, ele não tem culpa de ser o mais detestável do ano, ao menos para uma grande parcela dos viventes.
Embora a introdução tão extensa, não é sobre agosto que quero falar e sim sobre ciclos que se encerram e abrem passagem para novos, aqueles bem esperançosos. Mas quando  nos despedimos de um período, seja um mês, um ano ou uma temporada, é natural que façamos uma reflexão de tudo que temos vivido, e, diante disso, de tudo o que não gostaríamos mais ter que viver.
Você que está lendo isso, já parou para pensar que grande parte das coisas que você tem vivido e que não te fazem bem, podem acontecer por sua culpa? Vou reformular para não parecer tão pessoal: parte das coisas que vivemos, daquelas que não nos fazem bem, acontecem porque permitimos ou por culpa nossa. Quantas vezes nos sujeitamos a questões que não agradam ao nosso coração, mas para fazer com que outros se sintam confortáveis. Muitos outros, exceto nós. Dizer não jamais foi pecado, não é errado e pode ser libertador. Damos preferência a agradar a tantos outros mesmo que nós sejamos os ultimos da lista dos satisfeitos, quando deveríamos estar entre os primeiros. Sem falar em sentimentos que insistimos em mendigar mesmo sendo eles tão nobres e preciosos, como amizade, consideração, respeito e amor, quando esses deveriam fluir naturalmente, como respirar.
Mas é certo que nem tudo depende de nós para correr bem, e não somos culpados de tudo o que de ruim nos acontece, ou ao que não acontece, mas é certo também que podemos minimizar essa estatística de coisas que deixam o nosso coração machucado no decorrer da vida, desgastam a nossa paciência e fazem nossas esperanças esvaírem.
Vamos combinar que tudo isso aí cansa, não é mesmo? Esperar demais cansa, sofrer cansa, decepcionar-se cansa muito, e ter as expectativas frustradas cansa e cansa muito!
Chegou a hora de encerrar esse ciclo difícil que tanta gente tem vivido, aquela fase que estacionou nas coisas que nos fazem sofrer. É libertador quando chegamos ao entendimento de que precisamos ter a coragem de dizer não a tudo o que nos faz sentir inferior, e subir mais um degrau nessa escada rumo a uma vida mais tranquila, com mais paz.
Se eu posso listar uns conselhos para o dia de hoje, e para os próximos que virão seria:
1-    Tenha mais amor por si mesmo. Você tem muito valor, mesmo que aquelas poucas pessoas que você tanto ama e considera, insistam em provar o contrário;
2-    Aprenda a extrair o lado bom das coisas que te acontecem.
3-    Fique firme e não perca o humor. A vida tem sido difícil demais lá fora para que economizemos sorrisos e gargalhadas;
4-    Não insista demais em certas coisas que são simples e que algumas pessoas insistem em dificultar para você. Isso não é pessimismo, é valorização de quem você é, e do que você pode! Lembre-se: amor, amizade, respeito e consideração, são nobres demais para que você tenha que mendigar;
5-    Tente não falar muito dos problemas, mesmo que eles martelem aí dentro de você. A preocupação não resolve problema algum. Peça a Deus sabedoria e entregue a Ele a direção de tudo;
6-    Faça tudo com muito amor, e isso não para as pessoas, mas por você;
7-    Planeje;
8-    Não gaste mais do que você pode. Procure ser feliz com pouco. Te garanto que é muito possível.
9-    Faça algo por você.
10- E abrace, sempre que puder.

No mais, sorte no novo ciclo, mas para isso enterre tudo o que você não deseja levar adiante. Já ouviu dizer que o velho precisa sair para que o novo possa entrar? É exatamente isso.

Seja feliz!




quinta-feira, 22 de junho de 2017

Precisava escrever.


Precisava escrever.
...sobre coisas que não importam mais, sobre aquelas que decidimos deixar para trás, ou simplesmente, deixar ir. Precisava escrever só para que, caso algum dia eu não me recorde mais,  tenha registrado ao menos para recordar, ou quem sabe para contar. Recordar e contar sem sofrer. 
Todos nós temos algo a esquecer, a deixar em um ponto da nossa história em que não nos recordemos, a não ser quando escavamos em busca de lembranças só para recontar uma história, ou uma experiência. Não é mesmo? Sim, todos temos. Pode ser uma tropeçada, para substituir a palavra 'derrota', pois só pelo fato de chegarmos aqui, muitas vezes vencendo sozinhos grandes obstáculos, é uma grande vitória, portanto, não usemos mais essa palavra que usei ali há 26 palavras atrás; pode ser um amor sofrido, um término doído, a despedida não desejada, o derradeiro abraço, a carreira estagnada, os repetidos nãos e nãos e nãos. (já reparou que falo muito disso né?!)
Precisava escrever.
...sobre as coisas simples que vivemos e nem sempre damos a importância que elas merecem; quantas vezes somos engolidos pela rotina diária e deixamos 'passar' da nossa importância os tons azuis claros do céu, aquele laranja com roxo que achávamos que não combinavam mas que no pôr do sol parecem ter sido pintados à mão. E foi, pela Mão do grande Autor; o clarão da lua em noite quente, o silêncio raro em dias agitados; os pequenos gestos que preenchem os dias vazios mas que não têm nossa melhor atenção; tudo isso soa tão poético quando se trata de algo comum, embora casa vez mais raro.
Precisava escrever.
...sobre essa falta de amor que tem marcado nossos dias de forma tão fria; sobre o dinheiro que veio para confundir o amor e o tal do bem querer; sobre carregar valores nos bolsos ao invés do coração; sobre se despedaçar para deixar outros inteiros e sobre permitir que pessoas nos despedacem.
Precisava escrever.
...sobre essa coisa rara e boa que é ter paz: para decidir, resolver, ter, sentir, estar; sobre ser livre para ser o que quiser sem se permitir ferir pelo que vão pensar, e dizer; sobre ter coragem de ir além dos limites que nós mesmos colocamos, ou outros; 
Precisava escrever.
...sobre coragem. Coragem para colocar um ponto final em tudo o que nos entristece, nos limita e, muitas vezes, nos diminuem; coragem para seguir em frente decididos a deixar a felicidade fixar residência na nossa vida, mesmo que para isso seja preciso uma poda dolorosa. A árvore precisa ser revitalizada. Guarde bem isso: fique atento ao que rouba a beleza dos seus galhos e bloqueia seus frutos. A poda pode ser dolorosa, mas é necessária. 
Precisava escrever.
Precisava escrever porque tudo é tão ligeiro, a vida é um sopro e... tem coisas que só saem da gente por escrito!

Feliz vida, minha gente!

quarta-feira, 31 de maio de 2017

VIRANDO A PÁGINA


Entre as coisas que já aprendi na vida, no lado de cá da eternidade, está procurar sempre ver o lado bom das coisas. Embora não tenha sido fácil aprender, isso tornou a vida mais leve do que ela tenta ser, no final das contas.
Seria tão mais fácil se quando passássemos de uma fase da vida para outra, por exemplo, da infância para a adolescência, dessa para a juventude, e por aí vai, tivéssemos um manual de instruções explicando passo a passo como agir e reagir, bem como tirar alguma lição de tudo... mas elas, as fases da vida, não vem com esse manual, muito pelo contrário, vem com uma grande plaquinha de "se vira aí e boa sorte!".
Mas diante disso, temos nos virado bem, mesmo que muitas vezes aos trancos e barrancos, cruzamos a linha de chegada de algumas situações desagastados e esfolados de tanto tentar, de tanto tropeçar e cair, e levantar... mas cruzamos a linha de chegada, vivos.
Se tem algo que passamos a fazer quando aprendermos ao menos a tentar enxergar o lado bom das coisas que nos acontecem, é seguir em frente. Seguir em frente se torna algo quase que natural, espontâneo. Lembrando que isso não quer dizer que seja fácil, minha gente. Seguir em frente não é fácil, nunca foi e receio que nunca se tornará mais fácil no decorrer do nosso crescimento, mas nos acostumamos. Nos acostumamos a ouvir certos "não's", a dar com a cara na porta, a reprovar em uma seleção, ao diagnóstico que não muda, a ouvir críticas que ferem vindo de pessoas que não esperávamos, nos acostumamos a nos 'desapaixonar' quando as coisas não saem da forma que nosso coração esperava. Isso soa como aceitar, aceitar o que Deus e a vida nos reservam lá à frente, quando passamos pelo teste do tempo, tendo passado por todos esses que já mencionei.
Crescer dói. Esfola. Deforma. Dói, e como dói! Mas nos ensina. Já perdi a conta de quantas vezes já escrevi sobre isso, sobre aprender com as situações adversas, mas não há como não falar a respeito. Tudo isso para dizer que é hora de virar a página. Chega de sofrer por situações que sempre nos deixam para baixo, sempre nos colocam abaixo da linha que devemos estar. Quantas pessoas se dedicam a isso desde que nós cruzamos o seu caminho? Pesado né? Mas é verdade! Aquela relação abusiva que talvez só você esteja nela, a outra pessoa já "caiu fora" ha muito tempo, e só está lá quando precisa te fazer sentir inferior; ou até mesmo para se assegurar que mantém o controle sobre as suas emoções. Quantos de nós já estivemos em relações como essas? E essas relações abusivas podem ser de diversas formas, e bem amplas, sejam elas relações amorosas, amizades, relações familiares, profissionais e outros que estão ligadas à opções ou estilo de vida que levamos.
Minha gente, é hora de virar a página! É hora de entender que seguir em frente requer coragem! Coragem para passar por cima de situações que nos entristecem e não temos como mudar. Entenda algo: para tudo há um jeito! Tudo. Quando esse jeito não parte de nós mesmos, quando foge das nossas possibilidades e capacidades, vem por intervenção divina. É minha gente, Deus ajuda e age sim quando nós não conseguimos.
Virar a página, assim como seguir em frente, não é fácil não. Mas não é impossível. E quando conseguirmos é uma sensação de alívio tão deliciosa; é como uma corrida cansativa em um percurso cruel, e, ao cruzar a linha de chegada você recebe uma fruta, um suco ou água, se hidrata e lá na frente recebe um sorriso e uma medalha para juntar às que você já possui. Ou talvez seja a primeira. Mas a sensação é sempre deliciosa. Revigorante. É preciso virar a página.
É preciso virar a página do sofrimento, da tristeza, da depressão (e é preciso falar disso mas deixarei para outra hora); virar a página do abuso, das agressões e pressões desnecessárias; virar a página das lágrimas, pois sofrer, muitas vezes, é uma opção; virar a página da baixa alto estima, dos complexos de inferioridade, de se rebaixar sempre para fazer alguém se sentir melhor;
É hora de virar a página!
É preciso entender que muitas vezes é preciso deixar o velho ir embora e dar espaço para o novo chegar.
Vamos comigo nessa?!

Beeejo!

sábado, 7 de janeiro de 2017

CADA LÁGRIMA NOS ENSINA UMA VERDADE




Você que é de humanas vai me entender o quão difícil foi 'vencer' matérias como química, física e matemática, no colégio. Acho que pessoas como eu nascem com uma má formação naquele cantinho do cérebro que armazena essas habilidades que admiro tanto nos físicos, matemáticos, médicos, desenvolvedores de sistemas, estatísticos e aquela galera meio virada que tem paixão por cálculos quase que infinitos. Eu, só de tentar relembrar aqui, já sinto uma aflição do tamanho da raiz quadrada de um bilhão. (Lógico que não sei o resultado).

Eu, que sempre acreditei que passar de ano fosse 100% mérito de alunos e também professores que se dedicam a eles, hoje tenho certeza que há muito também de intervenção divina. Vou reformular: Sou prova viva da intervenção divina.
A verdade é que, mesmo com dificuldades, deficit de atenção, dificuldades novamente, é possível sim aprender algo. A propósito, estou há 35 anos nesta terra e, depois que sai do colégio nunca fiz uso da fórmula de Bhaskara, mas tudo bem, foi preciso aprender para aquele momento. 
Voltando... é possível sim aprender. E é sobre isso que quero te falar hoje, há apenas 7 dias de um novo ano.
Deixando um pouco de lado o que aprendemos na escola onde passamos grande parte da nossa infância, adolescência e juventude (receio que tenhamos que passar o resto da vida nela) vamos falar do que aprendemos na escola da vida. Essa, minha gente, é preciso aprender a todo instante, ininterruptamente.
Termos como "aprender com situações que passamos na vida" ou "importante é aprender" já viraram chavões, e muitas das vezes até clichês, nos textões de final de ano ou promessas de um novo ano. Eu mesma já disse/escrevi tanto isso. Mas isso vai muito, muito além de meras palavras ditas como força do hábito. Essa palavra soa como um sino na cabeça, a todo instante. 
Não se trata apenas de 2016, não foram aqueles 366 dias apenas, trata-se do que vivemos até aqui, por tantos anos e anos que deixamos para trás. 
Talvez você esteja aí se perguntando cadê o assunto que deu título a este post, e vou te falar.
É maravilhoso quando planejamos, sonhamos e esperamos que algumas coisas aconteçam na nossa vida. Fazemos planos, escrevemos projetos, firmamos propósitos, economizamos, criamos expectativas, esperamos... esperamos. Esperamos, e? Nada acontece.
O sonho da casa própria é adiado; o emprego não vem; a conta continua em aberto; o relacionamento não flui; a viagem não acontece; a cura não vem. Nada do que sonhamos e planejamos acontece. 
Seria Deus injusto? Seria Ele ruim? Seríamos nós "não" merecedores? Não, não e não. 
Quando as coisas acontecem, a tendência é nos alegrarmos, celebrarmos, comemorarmos e rendermos ações de graças, afinal, como é gostoso um sonho realizado, uma graça alcançada!
Mas, e quando nada acontece? Como reagimos? Naturalmente, é o semblante que cai, as expectativas que se frustram, o desânimo que se instala e o coração que deixa de acreditar. Não se sinta um "vacilante da fé" por se sentir assim, é natural, todos nós nos sentimos, eu já perdi a conta de quantas vezes me vi afogando em um mar de incertezas. Mas aí entra o assunto lá do comecinho: aprender. Precisamos aprender também com a falta, com os inúmeros nãos que Deus ou a vida têm para nós; aprender que, mesmo quando não alcançamos o que sonhamos, e muitas vezes o que necessitamos, é uma forma de Deus nos ensinar algo, mesmo que não entendamos no princípio. É bem verdade que para aprender, é preciso abrir mente e coração para isso, nessa ordem. E quando nos frustramos nosso coração se fecha, meio que automaticamente, e este, muitas vezes manda na nossa mente. Alinhar coração e mente se torna uma tarefa árdua, porém necessária para esse processo. E como fazemos isso? Há um único caminho: pedir a Deus que nos ensine a aprender as lições que Ele quer nos ensinar. Soa estranho, né? Ensinar a aprender? Exatamente assim, e Ele ensina quando entendemos que Ele é Deus, e a decisão de nos dar ou não, abençoar ou não, surpreender ou não, é Dele. Quando entendemos isso, entendemos também que Ele não deixa de ser bom, não deixa de ser Pai, não deixa de ser Deus por nos dizer NÃO, mesmo quando nosso coração clama tanto por um SIM. Ninguém nos conhece melhor que Ele, logo, ninguém sabe o que nos é melhor, o que cabe ou não, o que merecemos, e, muitas vezes, o que precisamos aprender Dele. 
Quando entendermos isso, estaremos totalmente aptos a depender Dele, e quando dependemos, entendemos todo o propósito que há em cada lágrima derramada. Sabe por quê? Por que cada lágrima nos ensina uma verdade. 

Beeejo!