quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A alegria de recomeçar

Estar junto de pessoas que amamos e nos fazem bem é sempre muito gostoso. A alegria do reencontro, a satisfação de permanecer perto, junto, sempre. A presença consentida, o abraço apertado, os momentos felizes e risos sempre sobrando. Estar perto de quem se ama é realmente muito bom. É bom viver momentos felizes, é bom reencontrar um amigo, é bom viver uma conquista, é bom ver o seu nome afixado em uma relação de vitoriosos, é bom ganhar um prêmio, é bom receber um presente. Tudo isso é muito bom. Melhor ainda quando é por tempo, bem indeterminado. 
Mas quando chega a hora da despedida, a coisa muda de figura. Os sorrisos diminuem, ou já não são tão intensos como antes, a vontade de ficar aumenta e os minutos passam a ser vividos com mais intensidade. Despedidas são sempre muito difíceis. 
Recentemente vivi momentos de intensas, intensas alegrias. Revi parentes queridos que não via há anos, conheci alguns deles, e, mesmo sem não conhecer alguns, foi intensamente feliz ver todos e passar momentos preciosos ao lado deles. Mas, até pra esses momentos, também chegou o momento da despedida.
Não é pra tudo na vida que há uma despedida, que possui um fim. Absolutamente. Existem sim coisas eternas e que nunca, nunca acabarão, e jamais existirá a necessidade de uma despedida.
O que quero dizer aqui, é que estamos chegando ao final de mais um ano e devemos viver com muita intensidade os dias que nos restam até iniciarmos um novo ano, um novo ciclo, uma nova história.
Cada novo ano chega pra nós como uma oportunidade de recomeço e de conquistas. Fazemos planos, traçamos metas, escrevemos nossos projetos, e mesmo que ao final do ano façamos um check list dessas coisas e chegarmos á conclusão de que nem metade do que planejamos aconteceu, ou conquistamos, terá valido a pena. Planejar é muito bom. Sonhar um novo caminho, novas metas, também é muito bom. 
Mas pra isso também há despedidas. E é nessa despedida que entregamos o nosso ano que se passou, em agradecimento por tudo que aconteceu, sejam as coisas boas, ou as ruins, pra que entreguemos também o ano que virá, uma espécie de consagração dizendo a Deus: Este ano é Seu, então faça pra mim, nele, o que o Senhor achar melhor. Lembrando sempre que tudo o que Ele faz é bom e é pra nós, o melhor. 
Em 2011 vivi momentos de despedidas, de desistências e de outras coisas ruins que não quero relatar, mas elas, apesar de muito difíceis, me fizeram ver algumas situações de outra forma, com outra perspectiva. Às vezes, o que nos faz chorar e sofrer, e até mesmo murmurar, também nos faz crescer e ver a vida de outra forma. O que antes pra você parecia terrível, hoje, tendo vivido isso, pode ter se tornado uma grande oportunidade de crescimento.
Crescer dói. 
E é passando por esse processo de dor que aprendemos a valorizar as pequenas coisas da vida. Dar valor ao detalhes pode sim nos tornar bem felizes. Olhe ao seu lado e comece a fazer isso hoje mesmo. Se neste ano o sol não brilhou tão intensamente pra você, comece a admirar o pôr-do-sol ou até mesmo a noite, talvez nele haja muito brilho pra você  e a lua pode trazer pra você um brilho mais intenso do que o sol.
Seja grato pelo que passou. Já disse isso uma porção de vezes, mas vou repetir: um coração grato é um canteiro de muitas possibilidades. Quando tornamos a gratidão um hábito comum na nossa vida, as coisas boas sempre irão nos acompanhar. Isso não é garantia de que iremos viver em um mar de rosas e que as coisas ruins não irão acontecer, é provável que elas aconteçam sim, mas agindo dessa forma você será mais forte e otimista para encarar esses momentos ruins com muita, muita fé e otimismo!
O melhor sempre está por vir, e mesmo quando estiver vivendo momentos de intensa alegria e felicidade, lembre-se que sempre e sempre e sempre existirão momentos melhores que te aguardam.
Pegue hoje a dor que te fez derramar muitas lágrimas de sofrimento um dia e faça dela um motivo a mais pra sorrir. Você conseguiu vencer a dor e, mesmo que tenha sido difícil, você passou por isso com muita força e é razão pra celebrar! Você é forte, e mesmo que se sinta fraca, há força que se aperfeiçoe com isso.
Com todas as dificuldades que enfrentei em 2011, aprendi que, mesmo quando o sol se vai, ainda há esplendor, mesmo na noite...
Vamos reter o que houve de melhor e vamos avançar para um novo ano com o coração cheio de fé e novas espectativas.
Sonhar é sempre muito bom, e faça dessa despedida um adeus às coisas ruins, e um 'venha comigo' para as coisas boas que aconteceram.
Um 2012 cheio de coisas incrivelmente boas pra todos nós!
Um 2012 de recomeços!

Beeeejo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quando o coração acredita.

A poucos dias de vencer mais um ano, passa um filme na nossa memória. Uma espécie de retrospectiva detalhada de momentos, situações e histórias que vivenciamos. 

Existem aquelas pessoas para quem o ano não tenha sido muito generoso. Ele passou rasteiras e mais rasteiras, surpreendendo com algumas perdas, decepções, abandonos. Mas também existem aquelas pessoas que foram muito abençoadas e viveram momentos marcantes e excelentes; a família que cresceu, alguém que se formou, a conquista de uma carreira, a compra de um carro novo, a surpresa de ‘se apaixonar’, a viagem dos sonhos, o considerável aumento nos rendimentos, a compra da casa própria, o lindo e tão esperado - ou inesperado também - pedido de casamento, a reaproximação de quem se gosta e estava longe...  

É um balancete que todos precisam fazer. Não significa que o indivíduo tenha que ficar relembrando ‘derrotas’ e se entristecendo novamente. Não. Eu aprendi em uma jornada não muito fácil, que devemos ‘trazer à memória o que nos traz esperança’. Teoricamente, seria relembrar somente coisas boas; posso até te confundir com isso, porém, acho que experiências ruins também precisam ser relembradas. Não sofridas, mas relembradas, no sentido de nos fazer repensar nas razões pelas quais algumas investidas não deram certo, alguns erros aconteceram, e algumas perdas não puderam ser evitadas. 
Quem acha que isso é besteira, jamais aprendeu com os seus próprios erros, ou jamais aprendeu a acertar aonde se errou um dia. 

Relembrar é preciso para inverter a ordem das prioridades de algumas coisas. Um dia você pode ter se afastado do convívio da sua família – que é e sempre será o melhor lugar para se estar – por ter priorizado outros momentos na sua vida, e isso se aprende quando você redefine as suas prioridades. 

Um dia você aprende que estudar é preciso. Gastar tempo investindo em um futuro sonhado e planejado por você, não quer dizer que você esteja passando por cima dos planos de Deus para sua vida. Ele também aprova um sonho seu. 

Um dia aprende que as amizades podem sim durar pra sempre e serem genuínas. Não é por que se decepcionou uma vez e alguém tenha traído a sua confiança, que você precisa estar com o ‘pé atrás’ com todos que tentarem se aproximar de você. Lealdade, amor e respeito existem e sempre irão existir e eu me recuso a desacreditar nisso!

Você aprende que portas que foram fechadas, foram por alguma razão especial. Você é forte o bastante pra passar por um momento de espera ou um deserto que se instala. A vida é uma grande prova de resistência, ninguém está aqui por acaso e em tudo há propósito. Existem muitas portas a serem abertas, e você vai passar por uma delas. 

Aprendemos que Deus sempre sabe o que é melhor. Em algum momento O encostamos na parede e questionamos algumas situações que julgamos não merecer passar por elas. Algumas nos trazem dor, sensação de derrota e injustiça, mas Ele não nos faria passar por esse tipo de circunstância se não soubesse quem somos.  

A gente aprende que ser feliz depende da maneira como vivemos. Querer o melhor pras pessoas, futuramente vai refletir algo bom em você, mesmo que você se ache o mais perfeito idiota por não conseguir sentir raiva de alguém que te fez muito mal um dia. Todo mundo precisa de uma medida de ingenuidade, que não significa ser bobo. Isso é amor, amor genuíno plantado em você.

Aprende, a gente aprende. E são nos momentos de conflito, confronto e dor que a gente aprende com mais rapidez. Não seria justo passar por esse tipo de situação e não poder tirar proveito delas, não é verdade? Qual o sentido? 

O que nos aconteceu de ruim serve pra nos tornar pessoas melhores e mais maduras. 
2011 pode não ter sido um dos seus melhores anos, mas restam alguns dias para iniciar um novo ciclo. Ainda há tempo para realizar. Não perca a fé de que as coisas podem melhorar, a cada novo dia. Não é por que um dia uma tragédia se instalou que ela precisa ficar, ou necessariamente se repetir. Não. Absolutamente. Para cada NÃO que você recebeu, tem vários SIM’s esperando por você. 

Ore. Acredite. Planeje. Espere... Coisas incríveis acontecem quando o seu coração acredita. 

E, seja grato por tudo que aconteceu, e até mesmo pelo que não aconteceu. Um coração grato é um canteiro de muitas possibilidades.

Beeeejo
Soninha Nobre

terça-feira, 1 de novembro de 2011

De repente 30



O sonho de toda menininha é tornar-se uma adolescente. Ter um pouco mais de autonomia pra ter alguns tipos de atitudes; se arrumar mais, se pintar, arrumar mais o cabelo. Enquanto criança, o cabelo importa pouco, maquiagem? Quase não se é lembrada. Veste o uniforme da escola, coloca um tênis e está tudo certo para as próximas horas de aula e de diversão. 

Já como adolescente, não, não basta, a história é um tanto diferente. 

É preciso arrumar o cabelo: se liso, precisa estar impecavelmente liso; se encaracolado, precisa estar liso também; se não, ao menos impecável. Horas em frente ao espelho para produzir uma imagem agradável aos seus olhos, e aos olhos do demais. Unhas bem pintadas, e muito coloridas. Nesta fase, a imagem conta consideravelmente. 

Como quase nunca se está satisfeito com o que se tem, na adolescência, a juventude mais madura é almejada com mais ambição. Querer romper com alguns laços, fazer algumas descobertas e viver com mais liberdade e independência, seja pessoal ou financeira. 

Esse é um percurso quase que natural de todos. Mas. . .

Comigo foi diferente. Enquanto criança, jamais quis ser adolescente, e enquanto adolescente, chorei ao perceber que estava passando para uma etapa mais madura. Não queria de forma alguma trocar a minha bola de vôlei por um CPF e pela bendita CTPS, vulgo, Carteira de Trabalho.
Mas foi preciso. Lembro perfeitamente o dia em que minha mãe e irmãs disseram: 'hoje você vai pegar na escola uma declaração de encaminhamento para estágio". Já era hora de labutar.
Realmente estava na hora. Vida mansa nunca foi o lema da minha família e isso me encorajou bastante ao  passar pra essa etapa, embora cedo. Tinha apenas 16 aninhos, no auge da vontade de seguir carreira atlética no voleibol, mas, faltou um monte de coisas. Faltou coragem pra enfrentar alguns obstáculos, e faltou um treinador que acreditasse no meu potencial, por que a minha família, com certeza me apoiaria se eu tivesse os dois primeiros itens. 

Uma historinha rápida: Naquele tempo, fiz um teste para um time muito promissor em Brasília, chamado Força Olímpica. Na época, minha altura não era muito favorável, mas eu tinha uma bela impulsão e isso contava bastante. Quando me inscrevi, meu treinador (O Zé Carlos vai me desculpar, rs) disse que não adiantava concorrer, que eu não passaria pois só haviam gigantes concorrendo. Segui em frente com mais três colegas, conseguimos a dispensa na escola e fomos rumo ao ginásio fazer o bendito teste. Resultado: Passei em todos. Uma impulsão de quase 40 cm foi o suficiente pra vencer a minha pouca altura, que apesar de não ser baixinha, comparada às concorrentes, eu era uma anã! 
Enfim... não prossegui nesse sonho, por que com toda certeza Deus tinha outros planos pra mim. 
Queimei uma etapa da minha adolescência e assumi uma responsabilidade cedo. Trabalhar. Meus R$145,00 de salário mensal eram muito bem empregados. Esse dinheiro, que tão pouco na época, rendia que era uma beleza!

Mas chegada essa nova etapa, eu pensava muito em algo que muita gente foge. Pensava nos meus 30 anos. Sempre achei essa idade perfeita. A idade da maturidade, de entrar em uma fase determinante. 
As meninas da minha idade queriam se casar aos 21 ou no máximo 25 anos, prova disso é que a sua maioria está casada, com um timezinho considerável de filhos, ou, na pior das hipóteses, noivas. Já eu, com muita propriedade afirmava que eu só casaria depois dos 30. Tai a causa de me encontrar solteira a essas alturas (risos). Elas me diziam: "Mas Soninha, não é muito tarde?" 
Magina! É uma idade linda e foi muito esperada por mim. 

Hoje, chego aos 30 com experiências extremamente marcantes. Antes de chegar aqui, talvez não tenha conquistado o que muita gente da minha idade tenha alcançado. Não passei em um concurso público, ainda não me formei, não me casei, não tive filhos, não montei o meu próprio negócio. Mas posso te garantir que até aqui fui muito feliz!

Aprendi o valor do suor do meu trabalho, e por não possuir nada com facilidade, valorizei cada gota dele. Comprei o meu primeiro carro; comecei e parei a faculdade duas vezes; mas pretendo terminar antes da próxima década (risos); mudei várias vezes de emprego; fiz viagens improvisadas; fiz viagens planejadas; Conheci pessoalmente o Gianechinne, Dr. Patch Adams e o Max Lucado (Ohhhhhhhh demais pra mim!); Fui esquecida por amigos numa cidade desconhecida; quebrei um dente; bati o carro; me desloquei para cidades que não conhecia para shows de bandas que gostava. Fiz loucuras; fiz muitos amigos, perdi também; amei; xinguei; briguei; me apaixonei perdidamente; sofri; me arrependi; pedi perdão e perdoei. Fiz muitas coisas mais, mas o mais importante, é que fui MUITO feliz nesses meus 29 anos, 11 meses e 31 dias!

Pronto, agora que já tenho 30 anos, eu já estou pronta pra me apaixonar novamente, me casar, quem sabe ter filhos, ter o meu próprio negócio, avançar na minha carreira, criar uma ONG, pensar em uma cirurgia plástica, fazer algumas viagens internacionais, talvez escrever um livro e ser bem feliz. Ah, também gastar o meu suado dinheirinho com cremes e promessas de rejuvenescimento. . . Afinal, o metabolismo desacelera, e eu que sempre fui magrela posso criar uma barriguinha, as rugas de expressão vão começar a dar sinal de vida, e o sedentarismo a dar o ar da graça. 

Mas, se nada disso me acontecer, serei muito grata por tudo que vivi, me arrependendo ou não de algumas, o importante é que ser feliz está nas pequenas coisas, e elas me completaram todo esse tempo!
E viva a vida! 

Soninha Nobre
Since 1981
=)






















terça-feira, 25 de outubro de 2011

Saudade dói...

Um excelente texto, que nos faz sentir muita saudade.

"Saudade dói, por Miguel Falabela.

Trancar o dedo numa porta dói. Bater o queixo no chão dói. Dói torcer o tornozelo também.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade...
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. 
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. 
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber. 
Não saber se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Sem saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada.
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet e encontrar a página do Diário Oficial;
Se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco;
Se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
Se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
Se ele continua cantando tão bem. 
Se ela continua detestando o MCdonald's;
Se ele continua amando;
Se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e meso assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo, e o que você, provavelmente, está sentindo agora que acabou de ler. . ."

E aí, sentiu saudade? rsrs
Soninha Nobre

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os homens e uma história

Ela era loira, magra, e uma boa altura para uma mulher; linda, meiga e a mais velha das mulheres de uma família de 10 filhos. Ele, moreno tipo colombiano, muito bonito, gêmeo, e de uma família bem grande também. Sertanejos bem humildes e cheios de sonhos. Ela, Maria, ele, Sebastião. Ambos deixaram suas casas para se casarem; era 15 de Setembro de 1972 e ali começou uma grande história. 
Longe de ser um conto de fadas, tudo começou com muita simplicidade e dificuldades também. Mesmo casados continuaram vivendo no Sertão da Paraíba, lá onde estavam fincadas as suas raízes. Maria, filha de Maria do Carmo e Expedito Nobre, Sebastião, filho do Velho Miro e de Maria. Os deixaram pra viver uma vida, nada fácil, mas afim de edificar um lar e escreverem juntos uma história.
O Patriarca Expedito Nobre deixa o Sertão Paraibano com Maria do Carmo e os filhos e vai viver em Brasília, em busca de uma vida melhor. Lá, as portas foram abertas e oportunidades criadas pra manter os filhos com mais dignidade. Ele deixou lá no Sertão, Maria, Sebastião e já alguns filhos. Se para eles, a vida já era difícil na companhia dos seus pais e irmãos, imagine longe deles. Foi assim para Maria.
Ela, mulher guerreira e batalhadora, criando os filhos praticamente sozinha enquanto o seu companheiro Sebastião labutava dia e noite pra dar à sua prole condições de se ter uma vida digna. Ele, trabalhava de sol a sol, em dias de chuva, fossem eles de semana, finais de semana ou feriado. Fosse em Catolé do Rocha, João Pessoa ou Brasília. Viajava, labutava, e mesmo com a saudade imensa da mulher e filhos, não desistia de dar a eles o que eles realmente mereciam.
Os dois tiveram 6 filhos, as meninas Sandra, Sêmia, Sê, Soninha e Susi e um único menino, Paulo Sérgio. Mais tarde, viria mais uma, Marta. Paulo Sérgio, é o terceiro homem dessa história. Um menininho que cresceu em meio a tantas mulheres, com o caráter e coração sendo moldados a partir daí. Todas crianças, com diferença bem pequena de idade, não era fácil para Maria criar sozinha essas crianças. As coisas foram ficando mais difíceis, e a saudade apertando. Até que o velho Expedito Nobre não aguenta a saudade e volta ao Sertão, em viagem, para rever a filha e os netos. Leva presente para os netinhos, e mata parte daquela saudade que castigava a todos naquela época. Sebastião continuava trabalhando arduamente. Ele não parava.
Expedito não gostou do que viu. Dificuldades e saudades marcavam aquela família. Ele como pai, avô e amigo amável que era, decide algo que mudaria pra sempre a trajetória daquela família. Aquele homem regressa à Brasília e decide trabalhar pra trazer todos pra essa cidade que só fez bem pra ele e para os seus. 
Consegue um emprego digno para Sebastião e o traz para que juntos pudessem trabalhar e levar todos para também viverem lá. 
Ele fez bem mais que isso. Conseguiu não só o trabalho para Sebastião, mas a casa para Maria, uma cama para cada uma das crianças, móveis para toda a casa, e a companhia inigualável de Maria do Carmo, mãe de Maria, e os demais daquela família Nobre. 
Meses depois, Expedito envia as passagens e Maria viaja com as crianças, trazendo apenas as roupas e poucos pertences. Viagem difícil, mas a vontade de chegar logo e rever quem muito se amava falava mais alto, e uma viagem quer deveria durar dois dias, parecia uma eternidade, tamanha a ansiedade. 
Era Agosto de 1984 quando, pela primeira vez na vida, Maria e as criança pisaram os pés em Brasília, lugar onde havia promessa para eles. Ali, cercados de generosidade e cuidado de Deus, eles mudaram de vida, em vários aspectos. O que não mudou foi o coração grato e a fé em Deus. 
O que nenhum dos personagens desta história sabia, é que eles estavam prestes a se tornarem essenciais e marcantes, um na vida do outro.
Expedito Nobre, o maior de todos os homens desta história, foi pai, avô, amigo, ajudador, leal, de caráter incontestável, e acima de tudo generoso e amável.
Sebastião, o que suou, deu amor, e labutou todos os dias em que teve saúde e disposição, para dar aos filhos e mulher o que nem ele tinha condições de dar. Força e honra.
Paulo Sérgio, o menino que cresceu, cuidou das irmãzinhas e da sua mãe como um homem de verdade, e hoje, tornou-se um pai, esposo e irmão irrepreensível. 
Esta é um pouco da nossa história, e esses são os homens dela, sem os quais eu não seria eu, e sem tais exemplos, eu não teria sequer o que escrever!


Soninha Nobre 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um texto mais que fantástico. Extraordinário! JÚBILO SAGRADO, por Max Lucado


Sagrado porque não é terreno. O que é sagrado é divino. E essa alegria é divina.
É júbilo porque satisfaz e surpreende.
Júbilo é a dança dos pastores de Belém do lado de fora da estrebaria; é Maria velando o sono de Jesus na manjedoura; é o louvor de Simeão ao Rei que está para ser circuncidado; é José ensinando ao Criador do mundo com manusear um martelo.
Júbilo é olhar para o rosto de André observando que a cesta de pão não ficava vazia; é ver os convidados das bodas beberem o vinho que havia sido água; é ver Jesus andando sobre as ondas do mar com tanta naturalidade como se estivesse passando por uma porta; é um leproso ver um dedo perfeito onde existia apenas uma protuberância... uma viúva alimentando hóspedes com a comida preparada para um funeral... um paraplégico dando saltos. Júbilo é ver Jesus fazendo coisas impossíveis, de maneira fora do comum: curar um cego com saliva, pagar impostos com uma moeda encontrada dentro de um peixe e retornar dentre os mortos disfarçado de jardineiro.
O que é júbilo sagrado? É Deus fazendo o que os deuses só poderiam fazer em seus sonhos tresloucados – usar fraldas, montar jumentos, lavar pés, dormir sob intensa tempestade. Júbilo é o dia em que acusaram Jesus de se divertir demais, de freqüentar muitas festas e de gastar muito tempo com as multidões “embriagadas” de alegria.
Júbilo é o trabalhador receber o salário de um dia havendo trabalhado apenas uma hora... o pai removendo do filho pródigo o mau cheiro dos porcos...  o pastor fazendo uma festa por haver encontrado a ovelha perdida. Júbilo é descobrir pérolas, um talento multiplicado, um mendigo indo para o céu, um criminoso no Reino de Deus. Júbilo é a surpresa estampada no rosto de pessoas comuns na rua ao serem convidadas para o banquete do rei.
Júbilo é a mulher samaritana de olhos arregalados e sem fala, a adúltera saindo do seu confinamento, é Pedro aventurando-se em águas geladas para chegar perto de alguém a quem antes negara.
Júbilo sagrado é a Boa-nova entrando pela porta dos fundos de seu coração. É aquilo com que você sempre sonhou, mas nunca esperou que acontecesse. É o que é bom demais para ser verdade. É ter Deus como Substituto de emergência, Advogado, Pai, seu maior Fã e seu melhor Amigo. Deus está ao seu lado, em seu coração, diante de você e protegendo sua retaguarda. Há esperança onde você menos esperava encontra-la: uma flor no caminho da vida.
É sagrado porque somente Deus pode concedê-lo. É júbilo porque emociona. Por ser sagrado, não pode ser roubado. Por ser uma emoção, não pode ser predita.
Foi essa alegria que fez o povo dançar na travessia do mar Vermelho. Foi essa alegria que fez o povo tocar a trombeta em Jericó. Foi esse segredo que levou Maria a cantar. Foi essa surpresa que criou um clima de primavera na manhã de Páscoa.
É a alegria de Deus. É o júbilo sagrado.

Trecho extraído da Obra O Aplauso do Céu, Max Lucado.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ao dono de toda a minha inspiração



Hoje acordei romântica. Talvez um sonho bom tenha me feito acordar com muita vontade de expressar a um certo alguém todo o meu amor, e então, escrever.
Recordar esse amor é tentar recordar toda a minha vida, por que tenho certeza que foi plantado dentro de mim na eternidade. E isso não é conversa de vidas passadas não.
É amor que inspira, que motiva, que fortalece, que renova, que me dá forças pra levantar todas as manhãs, mesmo em meio a conflitos que queiram me deixar prostrada. É amor que revigora, quando não há mais forças para lutar. É amor que não me deixa, mesmo quando todos a minha volta me abandonem, esqueçam, ou me machuquem. É amor que me faz olhar no espelho e dizer: por ele, vale a pena seguir em frente.
É muito amor. E por tanto amor, hoje dedico a esse alguém as minhas palavras, por que antes de dedica-las, já havia dedicado a minha vida, a minha história.
Por mais que eu ame, tente expressar tudo o que sinta, em palavras, atitudes, versos ou canções, todas serão em vão diante de tudo, tudo o que ele fez e faz por mim. Eu, que não mereço tanto cuidado, zelo, amor e graça. Eu, que por muitas vezes, o deixei de lado pra viver histórias e situações que eu mesma criei, e o deixei fora delas. Talvez tenha sido por isso que nenhuma delas prosperou, por que, desde o princípio eu sempre soube que nada, absolutamente nada que eu fizesse, poderia ser levado a diante se ele não estivesse junto comigo.
Meu amor é inteiramente dele. Ele que me abraça como ninguém faz igual; que seca as lágrimas que descem quentes pelo meu rosto, e sussurra no meu ouvido: eu enxugarei do seu rosto, toda, absolutamente toda lágrima; Ele que me ouve quando ninguém mais me suporta; Ele que sorri quando eu digo: você não me ama mais! Ele que me ver virar as costas e diz: Não adianta, eu não vou te deixar! Ele que, mesmo quando eu erro muito e o machuco, basta que eu diga: perdão, e ele diz: eu não me lembrarei mais, nunca mais!
Que outra pessoa seria capaz de me dar tanto amor? Que outra pessoa me amaria tanto, mesmo errando tanto com relação a ela? Que outro alguém me daria uma nova chance todos os dias, sendo que pessoas comuns desistem uma das outras todos os dias, sem direito a outras novas oportunidades de recomeçar?
Ninguém mais. Só ele. Meu grande amor!
Porque por ele eu me movo, existo e respiro. Ele que me deu mais que um amor, uma oportunidade de ser feliz, muitos recomeços, e uma história. Ele que me deu a vida.
Jesus, o meu grande amor!
Por Ele, nascem versos novos a cada amanhecer. Minha Inspiração!


Beeeejo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vem vindo as flores...


Ano após ano, planejamos nossas férias de verão. Traçamos um roteiro para aproveitar cada dia de sol, seja em um lugar de praia, cachoeira, ou até mesmo uma piscina. Seja com a família, amigos ou a sós com um amor. É verão e o sol não poupa seu brilho e calor nenhum dia que seja, mesmo com aquela chuvinha de verão que sempre surpreende. 
Quando ele se vai, vem o outono todo tímido, prepara os ambientes para as coleções charmosas outono/inverno. Faz cair as folhas e prepara os casais para um clima romântico. O clima é bem propício para namorar, procurar lugares montanhosos para uma viagem romântica. Enfim... é outono. 
É ele quem abre o caminho para o inverno. Ventos, chuvas talvez, e um frio super, mas super gelado que dá uma sensação européia aos nossos dias e torna tudo mais gostoso. A maneira de se vestir, a forma de se alimentar, o jeitinho gostoso de dormir... tudo se torna bem melhor no inverno.
Mas ele, rigoroso e demorado, também castiga um pouco os nossos dias. Tempo fica seco, ao invés de frio agradável, torna-se um frio chato. Pele fica estranha, cabelo reage mal à secura, e o que era frio, torna-se quente e seco. Sim, calor no inverno. Isso é agosto!
Mas vale também lembrar que é preciso o inverno - por mais rigoroso e frio que seja, ou até mesmo quente e seco - para a primavera chegar... 
Agosto demora meses a passar, é isso mesmo. A sensação é que um mês torna-se uma longa estação. Mas esse mês que mais parece uma eternidade, por mais longo, seco, quente e castigador que seja, é necessário para que a primavera venha. 
É necessário esse tempo ruim para que logo logo a chuva venha batucar no telhado, fazer subir aquele cheiro de terra molhada, regar o que é seco, refrescar as nossas tardes e tranquilizar as nossas noites.
É essa chuva de inverno que dá lugar às flores, lindas flores que enfeitarão a nossa vida por mais uma estação.
Baseada nessas estações, cheguei à conclusão de que, pra que venha a primavera, é preciso um longo inverno. As flores que virão, com certeza terão mais valor se soubermos o preço que ela custaram pra que brotassem e florescessem.
É assim nos nossos dias. É assim na nossa vida. E por mais duros e rigorosos que sejam os nossos invernos, a certeza de que a primavera virá deve estar sempre presente. A certeza de que dias melhores virão, e que, a chuva e o frio de hoje, poderão resultar em lindos canteiros de flores amanhã, e elas, bem cultivadas, se tornarão um lindo jardim. A mesma certeza de que, a luta de hoje se tornará em música amanhã. 
Mas o importante é que, não importa a estação, seja feliz, seja no inverno ou na primavera. 
Beeeejo

sábado, 3 de setembro de 2011

Hoje vou publicar um texto de um amiguinho especial, com carinho, um texto do Denys Aldman.
Beeeejo

Parei para pensar um pouco no que eu estava fazendo para o Senhor. Nas atitudes que tenho tido e o que não tenho feito. Praticamente nada, literalmente nada. 
Um Deus que tão grande, poderoso, que me ama incondicionalmente pelo simples fato da minha existência e ainda não mede esforços para me abençoar e fazer as minhas pequenas e simples vontades.
Levanto pela manhã, e mesmo antes que eu acordasse, Ele já estava trabalhando por mim, e sequer dou bom dia... Tomo meu banho, me arrumo, tomo meu café da manhã, escovo os dentes e ainda nem se quer falei com Ele. Vou para a parada de ônibus reclamando da hora - que está cedo demais para ir trabalhar; pego a condução ainda reclamando da demora em chegar; coloco fones de ouvido para me distrair; ouço músicas, essas que falam da alegria, beleza e adoração que Ele merece, mas ainda depois disso nem pensei Nele...
Chego ao trabalho e em um sentimento mesquinho peço a Ele a ajuda para “prosperar” neste dia que será corrido e por consequência também não dará tempo de falar, pensar ou ao menos agradecê-lO.  Saio de lá estressado por conta do dia cheio de problemas que muitas vezes nem sei o porquê.  Pego novamente o ônibus de volta à casa, reclamando que já está cheio;  chegando, faço todas as tarefas possíveis que preciso executar  e me deito cansado e com a cabeça cheia de tanta informação, de mais um dia cansativo e ativo, me cubro, viro e penso: “Estou tão cansado que não consigo nem orar, Deus que me perdoe.” E durmo enquanto Deus começa a trabalhar novamente, só por me amar, incondicionalmente.
Um Deus, que sendo Deus, muitas vezes não recebe nem um ‘oi’, ou ao menos um agradecimento, que é o mínimo que se espera de algo que se ganha, ou seja, de graça, de bom grado.
Passamos bons anos da nossa vida achando que Ele tem obrigação de nos abençoar. Um pensamento cheio de argumentos idiotas, bobos e infantis.
Agora pare e pense no que você fez e faz para Ele, lembrando que Ele te criou e sem Ele você não é nada... que é Ele quem te dá o alimento, a saúde e a capacidade de conquistar tudo que precisar ou quiser. 
E o que posso fazer para desculpar e fazer a partir de agora? Simplesmente servir. Foi para isso que você, eu, todos nós fomos criados.
E agora? O que você pode fazer para Deus?

Denys Aldman

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O poder de uma palavra


Se pararmos para pensar no que algumas palavras podem gerar na vida das pessoas, pensaríamos um pouco mais antes de pronunciá-las. Independente de para qual propósito, precisamos pensar na dimensão do que elas podem causar, e assim, com todo o cuidado, dizê-las.
Por que as palavras, mesmo que certas, se ditas na hora errada, tornam-se palavras erradas. 
Todos nós já fomos surpreendidos com alguma notícia, e tivemos que lidar com ela. Boa ou ruim, temos que estar preparados para recebê-la, e a realidade é que quase sempre não estamos.
O diagnóstico que surpreende, causa dor e sofrimento; a perda que causa dor; a descoberta, uma novidade; a traição anunciada; a decisão tomada; a partida antecipada. Tudo isso surpreende, e traz, na maioria das vezes, um certo desespero. Mas também tem a prova em que você se saiu bem; a cura que brotou; o concurso que foi alcançado; o amor que foi restaurado; a restituição que chegou; a cegonha que visitou; os sonhos que se renovam; a surpresa que foi boa; o retorno que se antecipou.
Boa ou ruim, a notícia vem.
Porém, estar preparados para recebê-las não é algo do tipo que tem uma receita a se seguir, é natural, e vai de cada pessoa. Eu, particularmente, não sei me relacionar com a perda, e na maioria das vezes é o silêncio quem responde por mim. Na realidade, ninguém sabe lidar com perdas, e nem deveria saber, por que o certo seria jamais perder. Mas não é bem assim. 
Perdem-se oportunidades, pessoas, empregos, dinheiro, amigos, amores, saúde, disposição e tempo. Perdem-se muitas outras coisas, infelizmente.
Mas a questão é: o poder que uma palavra possui.
Antes de dizê-la a alguém, coloque-se no lugar desse alguém e pense como você reagiria. Se é algo que fere, qual o propósito de dizê-la? Digo como alguém que já foi ferida por palavras, mas também digo como alguém que já feriu alguém com elas. Infelizmente não temos como trazer de volta à nossa boca algumas palavras. Como diz aquela frase, existem coisas que não voltam, nem a pedra lançada, a oportunidade perdida e a palavra pronunciada. Há os que defendem que oportunidades voltam, não, elas não voltam, outras surgem e que podem substituir as que se perderam, mas tem algumas, que não só, não voltam, como também não há a que pode substitui-la. Então, pense bem antes de deixar que elas passem.
Como a palavra pronunciada não volta, mesmo que haja o perdão depois, e elas sejam esquecidas, em algum momento serão lembradas, isso é fato. Melhor é não pronunciá-las. 
Tudo tem um propósito, e as palavras têm que ter o seu. Se for bom, libere-as a todo o vapor, e à todas as pessoas. Se não, retenha. 
Não faça com que expectativas se percam, feridas venham a se romper, mágoas sejam alimentadas, sonhos enterrados, comportamentos bons sejam interrompidos, amizades deixem de ser consolidadas, amores morram, relacionamentos se destruam. Não permita.
Use o poder da palavra pra ser alguém insubstituível na vida do próximo. Faça com que o seu silêncio seja totalmente inaceitável por aquelas pessoas que vêem em você alguém que o abençoa pelo simples fato de existir. E que o seu falar seja doce, sábio e abençoador!
Se for, fale!!! Use suas palavras e torne melhor a vida de alguém!
E se sinta.... feliz!

Beeeejo

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sem muitas palavras...

Sem ter o que dizer, deixo que a música dite...


Eu estarei contigo... vou te pegar no colo quando tiver vontade de desistir...

sábado, 20 de agosto de 2011

Para onde vão os pássaros.


Quando era criança pequena, costumava brincar em meio à diversidade de árvores que existiam no meu quintal, eram elas, laranjeiras, goiabeiras, abacateiros e amoreiras.
Brincava de cabeleireira nas espigas de milho, cortando de várias formas as dezenas de espigas que quase faziam com que meu pai quase infartasse. 
Mas o que eu gostava mesmo era de subir em árvores. Meu sonho era ter uma casa da árvore, como a Punk - a levada da breca. Mas nunca foi possível... 
Tantas vezes escalei perigosamente goiabeiras, na aventura de pegar goiabas no quintal da dona Eva, sem pedir permissão. A tensão era tamanha, que nunca fui capaz de pegar mais de três. Graças a Deus nunca possui habilidade alguma para o mundo do crime! hehe
Em uma dessas aventuras, me lembro de estar fazendo um típico "mal-feito", pegando as goiabas da dona Eva sem a sua permissão, levei um baita de um susto quando sobrevoou bem próximo de onde estava, do alto de uma goiabeira, um bando de pássaros. O susto foi tão grande que não sabia se me agarrava a um dos galhos, se gritava, ou se pulava. Era um misto de medos: medo de cair e me machucar, medo de ser descoberta de estar "pegando" algumas goiabas sem pedir, medo. 
Depois que tudo passou, o susto, o medo, as goiabas, o quintal, a infância, hoje relembro e penso o quanto devemos refletir sobre a nossa vida. O que fazemos, o que temos vontade de fazer, sonhos, projetos. 
Os pássaros voam, juntos, para um novo rumo, buscar abrigo, alimento, estação.
Pense, reflita, aja e voe para onde vão os pássaros.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que os amigos fazem


“O amigo ama em todos os momentos.”Provérbios 17:17

Dá a impressão de que para João, Jesus acima de tudo era um companheiro leal. Messias? Sim. Filho de Deus? Certamente. Fazedor de milagres? Isso também. Mas mais do que qualquer coisa Jesus era um cúmplice. Alguém com quem você poderia ir acampar ou jogar boliche ou contar as estrelas...

Agora, o que você faz com um amigo? (Bem, essa também é muito fácil). Você se mantém fiel a ele.
Talvez seja por isso que João é o único dos doze que ficou à cruz. Ele foi dizer adeus. Ele admitiu que ainda não havia juntado todas as peças. Mas isso realmente não importou. Até onde ele sabia, seu amigo mais próximo estava com dificuldades e ele foi ajudar.

“Você pode cuidar da minha mãe?”
Claro. É para isso que são os amigos.

Max Lucado

domingo, 10 de julho de 2011

Pequenos defeitos, grandes erros.

Hoje postei na minha página do Twitter a seguinte frase: "Vou fazer um churrasco para comemorar os meus defeitos... por que com as qualidades, ninguém se importa mesmo!". Parece engraçado mas é a pura verdade! 
O ser humano é estranhamente engraçado e com toda certeza me incluo nesse grupão aí. Nota-se bem mais erros e defeitos do que acertos, qualidades e virtudes. 
É aquela velha história, "se você acertou 99%, vai ser julgado pelo 1% que errou." Por quê? Pra quê?
Não seria mais fácil dar toda a honra aos acertos? Pensa comigo:
Você estuda muito e sempre obtém excelentes notas. Uma hora, por alguma razão, há um descuido e aí vem uma notinha baixa. Você merece ser avaliado e julgado por essa nota menor que as suas excelentes habituais?
Você está sempre disposto a ajudar a todos à sua volta sempre que preciso. Se esforça, sacrifica tempo e algumas prioridades e está lá, sempre que preciso, o famoso 'amigo para todas as horas'. Por causa de alguma indisposição, não importa qual seja ela, é necessário dizer não para alguém. É justo ser julgado como egoísta, indisposto ou simplesmente que 'não se importa'?
Você paga todas as suas contas em dia, honra fielmente e firmemente todos os seus compromissos, e por algum deslize ou descontrole você atrasa um compromisso, falta o recurso e uma conta deixa de ser paga. É justo ser chamado de mal-pagador, caloteiro, ou algum adjetivo desta natureza?
Não para todas essas questões. Não. Mas acontece. 
Como diria o grande Lucado, "A vida não é justa. A justiça não virá deste lado da eternidade".
A vida não só é injusta como nós mortais somos totalmente errantes. Erramos em julgar, erramos em não considerar mais as virtudes e colocamos uma lente de aumento gigantesca sobre os defeitos. Os nossos e os do próximo. 

Enquanto colocamos essa bendita lente de aumento e analisamos os NOSSOS defeitos, é até positivo, porque podemos refletir e isso pode ocasionar mudanças. Agora, notar único e exclusivamente defeitos alheios, é, além de injusto, feio!
As pessoas que consideram mais os defeitos que as qualidades, nunca estão satisfeitas, por mais lindas e generosas que sejam as qualidades do outro. Elas sempre notarão apenas defeitos.
Se a pessoa é prestativa, para essas pessoas, elas são chatas. Se elas são românticas, são melosas. Se são inteligentes, querem 'saber mais que os outros'. Se são amáveis, são 'força-barra' ou 'puxa-saco'. Imagine então como essas pessoas vêem os insensatos, os insubmissos, os arrogantes, os injustos, os mentirosos, os inconstantes, os ingratos... esses aí já teriam passaporte carimbados para a pior das prisões.

No entanto, quem vive em prisões são justamente essas pessoas que só consideram defeitos... 
Seria tão mais fácil atentar e honrar o que a pessoa tem de melhor, o que ela fez e faz de melhor. O carinho, a presteza, a inteligência, o calor, a sabedoria, o amor... 
Poderíamos fazer um teste e tentarmos passar uns dias sem notar e validar os defeitos alheios e aplaudir de pé as virtudes. Ações como essas poderiam encobrir os defeitos e fazer deles cada vez mais escassos...
Existem mais razões boas para olhar o lado bom das pessoas.
E viva o nosso lado bom!!! 

Beeeejo

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tolerância


Você já parou para pensar por que muitas coisas importantes se perdem na nossa vida? Por que pessoas se afastam ou nos afastamos delas? Por que cada vez mais se torna tão difícil a convivência com pessoas diferentes da gente? 
Questões difíceis não é mesmo? Eu acho.
Convivemos com pessoas e situações diariamente, e às vezes sem perceber nos perdemos em algum momento, abrindo mão de algo que poderia durar bem mais tempo.
Relacionamentos se perdem; desistências acontecem instantaneamente; carreiras são abandonadas; projetos tornam-se inacabados... enfim, tudo por causa de uma palavrinha: tolerância.
Na verdade, ela não é o problema, a falta dela sim. 
Por causa dela fazemos tudo isso aí que falei, e mais. Perdemos tempo, oportunidades e momentos que poderiam ser eternos na vida da gente. 
Ninguém mais tolera a individualidade do outro. Poucos entendem que personalidade é muito individual, cada um tem a sua e, mesmo que difícil, precisa ser respeitada. Você gosta de coca-cola, alguém vai gostar de café e não suportar coca-cola. Você ama chocolate e não vive sem ele, outra pessoa vai evitá-lo mesmo gostando. Sua música predileta é o estilo sertanejo? Há quem não vai suportá-lo e jamais entender porquê você gosta. Prefere a praia? Muito provável que alguém prefira o campo. 
E vou mais além... você crê e persevera em algo? Com certeza existe alguém que desiste com facilidade, diferente de você.
E por onde anda a tolerância para aceitar as pessoas como elas são, sem tentar mudá-las?
Tolerância, segundo nosso amigo dicionário, é a boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. Não é apenas ter paciência, é ter boa disposição para ouvir, refletir, e na maioria das vezes, aceitar opiniões de outras pessoas. É a habilidade de compreender aqueles que são diferentes da gente. 
Precisamos ser tolerantes quando duvidam da gente; quando somos mal compreendidos e também quando falhamos. Tolerância, essa é A palavra!
Hoje, por causa da falta de tolerância, cada vez se suporta menos a outra pessoa. Afinal, é bem mais fácil considerar o que acredito, como eu sou, dentre outras coisas relacionadas a mim, do que considerar o outro. Tornaram-se muito comuns expressões do tipo "dane-se a sua opinião, tá errado e acabou!", mesmo estando errados, todos têm o direito de acreditar no que bem quiserem, repito, estando errados ou não. Os julgamentos se tornaram tão comuns, que as pessoas compartilham menos opiniões e se afastam com mais facilidade. 
A intolerância nunca foi o caminho mais fácil pra mudar opinião de ninguém. Cuidado com isso! Mude a si mesmo se achar necessário, não procure e nem tente mudar alguém. Influenciar de forma positiva e zelosa continua sendo a melhor forma de entrar em algumas opiniões.
Ouça; tente enxergar as coisas de outro ângulo; coloque-se no lugar da outra pessoa e pense como agiria; suporte; tolere; espere... tudo tem o seu tempo, e a falta de tolerância pode queimar etapas, romper com laços e quebrar vínculos. 
Pense nisso...
Beeejo

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A casa das 7 mulheres


De um casal de vida humilde, costumes e vida simples, surge uma família no interior da Paraíba. O cenário era o sertão. Poucas condições não foram motivos pra impedir a edificação de um lar. Um lar cristão, que mesmo com essas poucas condições, era possível repassar valores que seriam cruciais pra toda uma vida e história...
Santão e Mimim geraram filhos, mesmo diante das dificuldades os criavam com amor repassando valores e corrigindo sempre que necessário.
Primeiro uma menina, depois um menino, e depois mais cinco meninas. Um time completo.
Imagine que, vivendo em condições não muito favoráveis, trabalhando dia e noite para alimentar esse grupinho, não era fácil.
Aplaudo de pé com orgulho e emoção esses dois que lutaram arduamente pra fazer desses pequenos, homem e mulheres de muita responsabilidade, honra e bondade.
Casa de 7 mulheres e dois homens. Dois homens que se tornaram pilares pra essas mulheres. Elas, por sua vez, cresceram e se tornaram mais que simples mulheres. Se tornaram exemplos a serem seguidos, sinônimo de força, coragem, superação e amor. 
Conseguem chorar e arrancar lágrimas só de falar em amor;  amor pelo lar, pelas irmãs, pelos pais, pela vida, pelo Deus que as fortalecia e fortalece a todo o tempo. Amor que superou a crise, rompeu com barreiras de tempo, condições e preconceitos.
Mulheres que ao mesmo tempo que parecidas, são distintas de personalidade, jeitinho e tamanho também. rs
Uma tem o dom de ser mãe e criou todas as outras da melhor maneira que poderia existir. Transferiu com muita excelência todo o seu amor, cuidado, caráter e seriedade. As outras, por sua vez, absorveram tudo isso e devem a Deus, a ela e aos seus ensinamentos, tudo o que se tornaram.
A primogênita, é a segunda mãe. Doce, excelente em tudo o que faz e quando fala de amor, ahhh como emociona. Quando cozinha, atrai, e quando fala, encanta.
Na sequência, a próxima delas se destaca por sua independência. Falta-lhe medo e isso a motiva a prosseguir sem temer errar. Luta pelo que acredita e impulsiona outros a fazerem o mesmo. 
A terceira tem a voz que toca. Toca corações. Seu canto e sabedoria atraem as pessoas e as tornam dependentes dos seus conselhos. Sabedoria ao extremo.
A quarta, melhor pular, corro o risco de me render à modéstia. rsrs
A próxima é dedicada, esforçada e de temperamento forte. Sabe o que quer e remove barreiras para conseguir, sempre com muito esforço, integridade e amor. Se emociona fácil fácil.
A caçula é independente e dependente ao mesmo tempo, delicada e forte. Um pouco mimada, coisas de caçula, mas ousada e determinada. 
Todas criadas com os mesmos valores, e com temperamentos tão diferentes. Simplesmente essenciais. Essa casa não seria completa sem a diversidade de emoções que cada uma delas possui e externa. 
Amam e honram a Deus acima de todas as coisas, amam e se dão completamente à família, guardam os amigos e os amam como se fossem da família. 
Há os que desfrutam da companhia delas, e jamais deixam. Há os que deixam, e depois voltam.
Posso dizer com propriedade, que quem tem essas mulheres fazendo parte da sua vida, têm um grande tesouro que jamais perde o valor.
Entendem o princípio do amor e da amizade e vivem isso intensamente. 
Aos que as conhecem, parabéns, você foi abençoado. E aos que ainda não conhecem, convido você a conhecer, se apaixonar, e a desfrutar de uma amizade linda com essas mulheres que me abençoam e me tornam uma pessoa melhor todos os dias. 

Beeejo

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Me lembro muito bem...


Lembranças. Quem não as tem? 
Ela independe de inteligência, simplesmente existe e insiste em estar sempre presente. 
São elas, quando boas, que nos fazem retomar práticas que realmente faziam e podem continuar fazendo diferença nos nossos dias. Um assunto puxa o outro, e são elas, as lembranças, que arremetem um sentimento de saudade. Ah e a saudade, ela está presente em quase todos os momentos da nossa vida. 
Os dias podem levar a nossa força, mas não carregam nossas lembranças.
Tenho lembranças da minha infância. Lembro como hoje do meu primeiro dia de aula, minha primeira professora, o dia que aprendi a escrever o meu nome. As festas temáticas da escola, os amiguinhos, as brincadeiras, a inocência. 
Aprendi a andar de bicicleta, e esta era imensa; não tinha rodinhas e a peguei emprestada sem pedir ao dono. Sabe como é, também tive meus momentos de travessuras. Praticamente roubei a bicicleta, temporariamente, e a devolvi sem que o dono se desse conta de que eu havia afanado. rsrsrs
Lembranças da adolescência. Treinos de vôlei, amigos, confidências, paixões... Juventude, e esta vivo e viverei por um bom tempo ainda, afinal, estou na flor da juventude; pode sorrir.
Não vou relatar todas as lembranças que me dão saudade, até mesmo por quê seria quase impossível. Mas o que quero dizer com isso, é que as lembranças fazem de alguns momentos que não foram vividos com a intensidade que mereciam, uma vontade imensa de ter feito da melhor forma, e ter sido vivido com mais verdade. 
Mas não é o sentimento de nostalgia que quero destacar aqui, pelo contrário, quero te fazer recordar aqueles momentos que te marcaram e te desafiar a fazer com que eles te tragam esperança. 
Esperança de que dias melhores virão; esperança de que o que foi pode sim voltar a ser, e da melhor forma possível; esperança de tentar fazer diferente, acertar onde errou, e voltar a acertar onde acertou. Esperança... ela que dita o nosso futuro. 
Trazer à memória o que pode dar esperança é recordar apenas as coisas boas, que te tragam aquele friozinho de tentar fazer novamente, e fazer com que algo dê certo. O que é ruim, deixa pra lá e reter somente as coisas boas... A vida já não é nada fácil pra ficarmos recordando derrotas. Não, essas sequer merecem ser mencionadas. 
Pense no que é bom, no que te traz a saudade boa, a necessidade de fazer diferente, a vontade de tentar novamente.
Deus se preocupa com as suas lembranças. Ele inclusive está nelas. Ele se preocupa demais pra não estar presente...

Beeejo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O cara. Nada mais.

Pensei dias antes de escrever isso aqui. Faltou-me coragem, palavras, forças, porém não inspiração.
Ao final, você que já amou demais alguém e por alguma circunstância o perdeu, seja esse alguém quem quer que seja, você vai entender por que me faltou tudo isso.
Quando passamos grande parte da vida ligados a alguém, nos acostumamos, dependemos, amamos, amamos demais, mas demais mesmo ao ponto de, em hipótese alguma cogitarmos um distanciamento, por menor e temporário que seja. 
Por mais intensa que seja a convivência, ou nem tão intensa assim, mesmo que só exista o mais básico do amor, do carinho, da expressão, jamais imaginamos a vida longe ou sem a pessoa. Independente do grau de parentesco ou de vínculo amoroso. O amor é amor e não nos permite sequer imaginar estar longe.
Se pudéssemos imaginar, faríamos tudo diferente. Diríamos com mais freqüência o quanto amamos, o quanto é ruim estar longe - mesmo que uma distância geográfica consideravelmente 'não tão distante', o quanto é bom ter a companhia mesmo que pra fazer nada, ou só ouvir. Faríamos sempre a comida predileta da outra pessoa, colocaríamos as músicas preferidas, presentearíamos com aquele perfume, sorriríamos, mesmo que sem querer, daquelas piadinhas sem graça... enfim. Tudo seria mais fácil se pudéssemos prever as partidas.
Mas acontece que quando ela acontece, na maioria das vezes é repentina e isso nos causa uma dor enorme sem medida e explicação, e um arrependimento que dói na alma por não termos feito tudo isso que disse aí atrás com a intensidade que deveríamos. 
Taí a razão pela qual deveríamos ser intensos o bastante todos os dias, a todo momento, a cada segundo. 
Quem nos dera prever essas partidas. 
Talvez a partida de um amigo que foi âncora na sua vida por muito tempo; uma irmã que foi estudar longe; um amor que esfriou, acabou, e se foi. Ou aquele ente querido que partiu para outro plano. Te deixou.
E é de alguém que me deixou que quero falar. Me deixou sem sequer me ensinar a viver sem ele. 
Me ensinou quase tudo, menos isso. Juro que ele ainda tentou me fazer perder o medo por baratas, mas a tentativa foi desastrosa e teve efeito contrário, só piorou. Lembro como hoje o dia em que uma maldita descia as cortinas e ele a pegou na palma da mão (pode dizer sim, ECO!) e correu atrás de mim pela rua, afim de me fazer perder o medo. O desespero foi tamanho, que não sei em que ocasião ele desistiu e a matou.
Essa saudade dói. E muito. 
Poderia escrever horas horas e horas até finalizar um livro, sobre tantas coisas que aprendi e vivi ao lado desse alguém. Mais que um alguém, quase tudo. Simples assim. 
Duro quase sempre, sensível na maioria das vezes. Brigão muitas vezes, e em quase todo o tempo brincalhão a ponto de arrancar lágrimas de tantas gargalhadas. Contraditório? Sim, esse era ele. 
Pode até não ter sido um exemplo a ser seguido, mas o exemplo foi seguido mesmo sem ter sido recomendado. Foi inevitável. Generosidade profunda, sensibilidade na medida certa e amor à vontade. 
Se sinto falta? Só todos os dias. Quase todo o tempo.
Me deixou, e junto uma saudade que não tem tamanho. 
Resta-me, além desta saudade cruel, a esperança de um reencontro na eternidade. 
Quem ele era? Meu vô, meu pai velho. O cara. Nada mais, ou, tudo o mais. 
=(

Beeeejo

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Na base do improviso



Planejamento é algo que se faz necessário quase sempre e em quase tudo que fazemos. Ou ao menos deveria ser necessário. Planejar o que vai ser fazer é indispensável para uma boa organização, seja do que for e como for. 
Mas vou contar pra vocês uma história interessante que se tornou um tanto marcante, partindo de um improviso que me proporcionou uma das melhores viagens que já fiz. 
Era dia. Estávamos três amigos e eu, resolvendo coisas na rua, após um evento em que trabalhamos arduamente. Tínhamos prazer incomparável em trabalhar nesses eventos, eram cansativos, mas ao mesmo tempo nos davam uma satisfação gigante e desfrutávamos de momentos que marcaram de uma vez por todas nossas vidas. 
E foi neste dia, que parados em frente a casa de um conhecido de um de nós, conversando e sorrindo de uma cena que avistamos do outro lado da rua, onde uma criança brincava com uma boneca, como se fosse de verdade... um faz-de-conta que arrancou de nós muitas gargalhas, coisas bobas mas que nos divertia muito naquele momento. 
Um dos nossos amigos me chamou, apresentou-me seu amigo e disse: "Soninha, este meu amigo sempre faz excursões pra Bahia, vamos viajar com ele?" Eu, espontaneamente respondi: "Bora!"
Voltamos ao carro, e ainda de brincadeira comentamos com os demais, "Ei, vamos viajar para Ilheus?" os três sorriram e disseram "Bora" na mesma espontaneidade com que respondi. 
Entre sorrisos, lembranças e uma boa conversa fomos levar o carro para ser lavado, em um posto de gasolina próximo, e aguardando, sentamos em uma calçada, os quatro, e começamos a imaginar como seria essa viagem.
Vale dizer que nenhum de nós estava trabalhando, não possuíamos nenhuma fonte de renda naquele momento e estávamos completamente sem expectativa de começar a trabalhar, rs, acredite, pelados, nus com a mão no bolso. Mesmo assim estávamos ali pensando em sombra, água fresca, praia, siris e muita água de coco. 
Faltava mais alguém pra compor esse time, era a única que estava trabalhando e por ironia do destino, estava de férias marcadas para os próximos dias. Seria ou não tudo já planejado por Deus antes de 'viajarmos' nessa ideia de gente maluca?
Arrumamos as mochilas, fizemos as malas, pegamos o violão e a bola de vôlei (que não poderiam faltar jamais) e partimos de carro em direção a Ilhéus/Bahia. Sim, seis corajosos, com pouco dinheiro e uma casa alugada em uma praia deserta um pouco distante da cidade de Ilhéus.
Antes que chegássemos ao paraíso que nos aguardava, nosso carro quebra, bem em frente ao Posto da Policia Rodoviária Federal, ainda em Brasília, ansiosos pra sentir a brisa do mar, a única coisa que sentimos foi o vento frio nas pernas a caminho do ponto de ônibus pra voltarmos pra casa e aguardar que o carro fosse consertado para enfim prosseguirmos rumo ao nosso destino. 
Voltar pra casa e falar que houve um imprevisto e como consequência mudança de planos? Imagina, jamais! Nos refugiamos na casa do casal que viajava conosco e fingimos que nada acontecia. Até o dia de hoje, talvez você seja o primeiro dos muitos a saber disso, que não viajamos na data e horário definidos por nós. Passamos a noite hospedados na casa deles, e sorrindo demais da situação. Podem sorrir, realmente foi hilário. 
Partimos logo cedo e pegamos a estrada. Após algumas muitas horas de viagem, chegamos ao nosso destino. O lugar era simplesmente divino. Água transparente, areia muito branca, palmeiras e coqueiros que nos convidavam a desfrutar daquele paraíso! E o melhor, praia deserta! Só havíamos nós e uns poucos urubus, típicos daquela região. Ehhhhhhh! Urubus lá são como pardais aqui, e isso nos assustou um bom bocado.
Foram dias marcantes. Caminhávamos muitas horas por aquelas areias que refletiam o sol de forma sobrenatural. As ondas tocavam-nas e faziam nossos pés afundarem e compartilhávamos o quanto Deus é maravilhoso em tudo o que faz. 
Compartilhamos coisas engraçadas, sonhos, desejos, segredos e os risos fluiam na mesma proporção do sol naquelas areias. Lugar lindo, pessoas especiais e muita diversão.
Surgiam algumas pérolas e todas elas foram registradas, afinal, o que seria das amizades se não houvesse alguém para pegar no nosso pé por alguma "presepada" que fazemos ou falamos não é mesmo?
Não posso detalhar mais, seriam páginas e páginas ou um livro e não temos tempo pra isso não é?
Nesses dias surgiram músicas, projetos, algumas confidências e muitos risos. 
A loucura do nosso guia sumir uns dias e não voltar, nos deixando à beira do desespero de como voltaríamos para casa.
O Caminho da Jiboia que nos amendrontava todos os dias ao ir e vir da praia. (mitos contados pelos moradores distantes daquela praia)
Enfim... foram 13 dias marcantes, frutos de uma conversa de calçada entre amigos que queriam apenas um motivo a mais para sorrir. E que motivo!
Se você é daqueles que planejam tudo, e se baseia quase que absolutamente na organização, experimente improvisar! Deixe que o acaso fale um pouquinho e torne seus momentos mais interessantes. Muitas vezes o inesperado torna os nossos momentos bem mais marcantes e felizes. 
Às vezes, o que precisamos é de simplesmente um amigo, um lugar para estar, um violão, uma bola de volei, que seja, mas busque um motivo para tornar sua vida melhor e mais feliz. 

E viva o improviso!

Beeejo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que é verdade pra você?

Verdade é verdade em todas as línguas e dialetos. Não existe uma meia-verdade, uma quase-verdade, uma verdade-mais-ou-menos ou qualquer definição de verdade que não seja verdade!
Não mesmo. Ou é, ou não é.
Muitas pessoas deixam de dizê-la para simplesmente calar. Outras, preferem contar uma mentira para não ter que dizê-la. O que seria pior?
Certa vez li algo que dizia : "É melhor falar a verdade que dói e depois cura do que falar uma mentira que conforta e depois mata."
E é mais ou menos assim! Melhor, é exatamente assim! Muitas pessoas evitam se fazer doer por uma simples verdade, e a omitem causando um desastre irreparável lá na frente. Torço, e torço de coração que esse desastre não seja irreparável, que haja uma chance pra que tudo se esclareça. No entanto, não adianta torcer pra que isso não aconteça, ou simplesmente cruzar os dedos, fazer o sinal da cruz, simpatia, seja qual for a sua crença ou hábitos. Simplesmente não adianta. Uma verdade não contata no seu devido tempo, pode dar vazão a uma mentira que pode por tudo a se perder. Seja uma amizade, um relacionamento conjugal, uma oportunidade... enfim.
Não se omita diante de uma situação onde você tem o conhecimento da verdade. Você pode salvar uma vida, um casamento, um relacionamento seja ele qual for.
Escolha a verdade à mentira. Seja sábio o suficiente pra saber escolher o momento certo de dizê-la, e eu posso te garantir que mesmo que doa, a quem ouvir, vai passar, e a dor se transformará em confiança, mesmo que a longo prazo.
Quando mentimos, além de dar ibope a quem não merece mérito algum, e você sabe a quem me refiro, você engana ao outro e a si mesmo, e a conseqüência é desastrosa. Aí você pode até imaginar qual seria a sua reação diante da decepção, mágoa, desconfiança e na pior das hipóteses, desprezo por ter mentido.  
Pense uma única vez ao dizer a verdade, e que ela seja dita!
Não se mente sobre o amor, ou se sente, ou não. Se não, faça com que possa ser sentido, invista, insista, algo bom pode nascer aí.
Se amou e não ama mais, fale a verdade! Se doeu o que disseram sobre você, seja verdadeiro! Se mentiram ao seu coração e te feriram, conte a verdade...
Algumas coisas têm conserto, e o que não existe ainda, com uma simples verdade expressada, pode vir a existir.
Parece confuso pra você?
Não deixe de fazer ou de dizer.
Seja verdadeiro, e se sentir dificuldade nisso, peça a Deus que Ele te ensina.
Caminho, VERDADE, vida. Ele é!
Pura verdade!

Beeeejo