sexta-feira, 29 de novembro de 2013

PARA UM CORAÇÃO CANSADO




Sabe aquele cansaço físico após uma corrida de 8km? Nunca correu? Ok. Então sabe aquele cansaço depois um dia pesado de trabalho que exigiu muito do seu físico? Também não? Tudo bem. Me responda então qual a sua definição sobre cansaço? Não precisa comentar aqui...quero só que imagine um corpo cansado e sobrecarregado de esforços físicos, talvez com fome e sede, ansioso por se saciar ou descansar.
Depois de imaginar um corpo cansado, você consegue visualizar um coração cansado? Eu, não só consigo, como convivo com muitos deles. E, muitas vezes, o meu já chegou a quase 'arriar' de tão cansado.
O cansaço do coração vai além do físico, e não precisa do percurso de uma corrida, de instrumentos físicos de trabalho ou coisas do tipo. Este, precisa de outras coisas, e em algumas vezes, muitas dessas outras coisas para atingir o seu cume.
O dinheiro que acaba; as tentativas que se esgotam; os "não's" frequentes; as portas fechadas; os amores perdidos; a liberdade que se foi; a enfermidade que bateu à porta; a cura que não vem; a partida de alguém que não vai retornar jamais; a solidão que se instala; a tentativa que fracassa; os sonhos que se perdem; o trabalho não reconhecido; o talento enterrado; os relacionamentos perdidos; a ingratidão que esbofeteia; a esperança que se vai.
Como estes, têm muito mais. O suficiente pra nocautear um coração, mesmo que valente. Você já esteve com o coração tão cansado, a ponto de clamar por um balsâmico que aliviasse a dor? Eu já. Muitas vezes.
E com essa experiência posso te afirmar com precisão: o cansaço passa, e, mais que isso, o coração torna-se mais forte... mais resistente à algumas tempestades.
Sabe o valor da liberdade quem um dia se viu privado dela; o valor da saúde quem já esteve aprisionado a um leito de hospital; o valor de uma amizade quem a perdeu; da família, quem se afastou; e da paz, quem tem um coração cansado, de perder o sono.
Aprendi ao longo da minha vida, que muitos medos nascem do cansaço. Ele nos esgota e nos deixa resistentes a viver novas situações, que devido a algo que deu errado um dia, nos faz sentir medo de tentar novamente.
Não conheço o grau de cansaço do seu coração, mas, não permita que o medo se instale. Há descanso e alívio para o coração de quem acredita que a esperança está a um olhar de distância e a alegria ao amanhecer. Mas, e se o cansaço impediu de acreditar? "Vinde a mim, todos os que estão cansados... e eu lhes darei descanso." (Mateus 11:28)
Todo dia é dia de provar desse descanso.
Conheço a solução para o cansaço do coração, da alma e da mente: Cristo.
Seja honesto com Ele, reconheça que precisa de alívio e abrigo, e conte a Ele seus segredos, aqueles com os quais você não sabe lidar e o deixa exausto. E posso te contar um segredo? Ele já sabe e só está esperando você pedir ajuda...
Peça e tenha descanso para o seu coração.

Beeejo,
Soninha Nobre

sábado, 16 de novembro de 2013

ESPERANÇA A UM OLHAR DE DISTÂNCIA



Certa vez, passando os olhos por um livro que havia comprado há bastante tempo, e por alguma razão ainda não tinha lido, meu olhar fixou em uma palavra. Porém antes, dei uma lida nos agradecimentos, pois o autor sempre me leva a ler as palavras tão doces, e da forma tão graciosa como menciona a sua esposa. Voltei às páginas. Só passei os olhos, em algumas delas.  
Antes de falar da palavra que atraiu o meu olhar, nas páginas daquele livro, vou transcrever um trecho especial dele:
"Em um campo de concentração, um guarda anunciou que estava faltando uma pá. Gritando com os homens, ele continuou a insistir que alguém tinha roubado. Ele preparou seu rifle, pronto para matar um prisioneiro de cada vez, até que alguém admitisse ter roubado a pá, ou apenas escondido. Como conta a história, um soldado escocês tomou um passo à frente, ficou em posição militar e disse: “Eu roubei a pá.” O guarda imediatamente atirou, e matou aquele homem. Quando voltaram ao campo, as pás foram contadas. O guarda havia cometido um erro. Nenhuma pá estava faltando.
Quem faz isto? Que tipo de pessoa assumiria a culpa de algo que não fez?"
Esse trecho me levou a refletir, como reflito agora também enquanto escrevo, como que uma pessoa pode assumir uma culpa que não é sua? Como pode alguém se colocar diante de pessoas, algumas delas que nem conhece, e assumir uma responsabilidade que não é sua?
Qual a consequência disso? E qual o retorno?
Talvez a consequência seja a morte, como a ilustrada na citação (que nem sei ao certo se é real), talvez seja o isolamento, talvez seja a perda de uma amizade, uma aliança, ou talvez nem hajam consequências, apesar de que para toda ação, há uma reação. Quanto ao retorno? Esse sim, talvez não haja nenhum, pois nem sempre há reconhecimento diante de algo que as pessoas fazem. 
Mas voltando à ilustração, e também à palavra que prendeu a minha atenção e olhar, vamos falar dela, a velha, costumeira e atual esperança.
Como você analisaria a situação da ilustração? Se estiver ainda procurando um adjetivo para julgá-la, acho que posso refrescar a sua memória, como a minha foi enquanto lia. Ele, e você sabe de quem estou falando, fez isso aí e não foi ficção. Ele assumiu uma culpa que não era sua, um erro que não era seu, e não foi apenas meu e seu, foi de toda a humanidade. Também foi morto, e, de tanto maior aliança foi feito fiador. São muitos adjetivos, um só não caberia. Mas talvez um substantivo sim defina, esperança, uma vez que uma atitude gerou uma nova esperança de dias melhores. 
Mas a esperança que vou falar, é aquela que vem de acreditar, confiar. Aquela que nos faz acreditar mesmo que tudo, absolutamente tudo em volta diga o contrário, e tenho que confessar o quão difícil isso é! 
O emprego que não vem; o contrato que não é assinado; a promessa que não se cumpre; o aumento que não chega; o resultado da prova que não vem; a gravidez que não acontece; o pedido de casamento que não acontece... enfim, são muitas coisas que acontecem para nos fazer perder as esperanças. Esperança de dias melhores, de boas notícias, de boas razões até para sorrir. 
Acontece que a demora, além dos acontecimentos negativos, nos levam a duvidar, e a dúvida casa perfeitamente com o medo, e onde há medo, a esperança não brota. 
T​alvez não tenha a resposta que você deseja para todas as dúvidas que tem fazem perder a esperança, mas posso te afirmar com propriedade que há esperança onde você menos espera encontrar. ​Busque-a em todos os lados...
Não perca aquela velha visão de que as coisas boas podem sim acontecer. Não perca o frio na barriga da chegada de boas notícias, e, mais que isso, não perca a sensibilidade de sonhar, pois os sonhos são como combustível para o realizar. 
Não perca a direção, pois sempre haverá um caminho. E lembre-se de olhar sempre para frente, pois a esperança está a um olhar de distância.

Beeejo!

P.s: Para quem quiser conferir o livro, chama-se Derrubando Golias, de Max Lucado.