sábado, 7 de janeiro de 2017

CADA LÁGRIMA NOS ENSINA UMA VERDADE




Você que é de humanas vai me entender o quão difícil foi 'vencer' matérias como química, física e matemática, no colégio. Acho que pessoas como eu nascem com uma má formação naquele cantinho do cérebro que armazena essas habilidades que admiro tanto nos físicos, matemáticos, médicos, desenvolvedores de sistemas, estatísticos e aquela galera meio virada que tem paixão por cálculos quase que infinitos. Eu, só de tentar relembrar aqui, já sinto uma aflição do tamanho da raiz quadrada de um bilhão. (Lógico que não sei o resultado).

Eu, que sempre acreditei que passar de ano fosse 100% mérito de alunos e também professores que se dedicam a eles, hoje tenho certeza que há muito também de intervenção divina. Vou reformular: Sou prova viva da intervenção divina.
A verdade é que, mesmo com dificuldades, deficit de atenção, dificuldades novamente, é possível sim aprender algo. A propósito, estou há 35 anos nesta terra e, depois que sai do colégio nunca fiz uso da fórmula de Bhaskara, mas tudo bem, foi preciso aprender para aquele momento. 
Voltando... é possível sim aprender. E é sobre isso que quero te falar hoje, há apenas 7 dias de um novo ano.
Deixando um pouco de lado o que aprendemos na escola onde passamos grande parte da nossa infância, adolescência e juventude (receio que tenhamos que passar o resto da vida nela) vamos falar do que aprendemos na escola da vida. Essa, minha gente, é preciso aprender a todo instante, ininterruptamente.
Termos como "aprender com situações que passamos na vida" ou "importante é aprender" já viraram chavões, e muitas das vezes até clichês, nos textões de final de ano ou promessas de um novo ano. Eu mesma já disse/escrevi tanto isso. Mas isso vai muito, muito além de meras palavras ditas como força do hábito. Essa palavra soa como um sino na cabeça, a todo instante. 
Não se trata apenas de 2016, não foram aqueles 366 dias apenas, trata-se do que vivemos até aqui, por tantos anos e anos que deixamos para trás. 
Talvez você esteja aí se perguntando cadê o assunto que deu título a este post, e vou te falar.
É maravilhoso quando planejamos, sonhamos e esperamos que algumas coisas aconteçam na nossa vida. Fazemos planos, escrevemos projetos, firmamos propósitos, economizamos, criamos expectativas, esperamos... esperamos. Esperamos, e? Nada acontece.
O sonho da casa própria é adiado; o emprego não vem; a conta continua em aberto; o relacionamento não flui; a viagem não acontece; a cura não vem. Nada do que sonhamos e planejamos acontece. 
Seria Deus injusto? Seria Ele ruim? Seríamos nós "não" merecedores? Não, não e não. 
Quando as coisas acontecem, a tendência é nos alegrarmos, celebrarmos, comemorarmos e rendermos ações de graças, afinal, como é gostoso um sonho realizado, uma graça alcançada!
Mas, e quando nada acontece? Como reagimos? Naturalmente, é o semblante que cai, as expectativas que se frustram, o desânimo que se instala e o coração que deixa de acreditar. Não se sinta um "vacilante da fé" por se sentir assim, é natural, todos nós nos sentimos, eu já perdi a conta de quantas vezes me vi afogando em um mar de incertezas. Mas aí entra o assunto lá do comecinho: aprender. Precisamos aprender também com a falta, com os inúmeros nãos que Deus ou a vida têm para nós; aprender que, mesmo quando não alcançamos o que sonhamos, e muitas vezes o que necessitamos, é uma forma de Deus nos ensinar algo, mesmo que não entendamos no princípio. É bem verdade que para aprender, é preciso abrir mente e coração para isso, nessa ordem. E quando nos frustramos nosso coração se fecha, meio que automaticamente, e este, muitas vezes manda na nossa mente. Alinhar coração e mente se torna uma tarefa árdua, porém necessária para esse processo. E como fazemos isso? Há um único caminho: pedir a Deus que nos ensine a aprender as lições que Ele quer nos ensinar. Soa estranho, né? Ensinar a aprender? Exatamente assim, e Ele ensina quando entendemos que Ele é Deus, e a decisão de nos dar ou não, abençoar ou não, surpreender ou não, é Dele. Quando entendemos isso, entendemos também que Ele não deixa de ser bom, não deixa de ser Pai, não deixa de ser Deus por nos dizer NÃO, mesmo quando nosso coração clama tanto por um SIM. Ninguém nos conhece melhor que Ele, logo, ninguém sabe o que nos é melhor, o que cabe ou não, o que merecemos, e, muitas vezes, o que precisamos aprender Dele. 
Quando entendermos isso, estaremos totalmente aptos a depender Dele, e quando dependemos, entendemos todo o propósito que há em cada lágrima derramada. Sabe por quê? Por que cada lágrima nos ensina uma verdade. 

Beeejo!