quinta-feira, 24 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amor sem amor, se apaga.


Com a exceção do amor de Deus que não depende do nosso pra sobreviver, quase tudo nessa vida depende de uma reciprocidade.
É a velha história da florzinha que precisa ser regada sempre pra não murchar ao ponto de morrer. 
É a arte de dar e receber, não que o dar se faça necessário apenas quando recebemos algo em troca, não. Não é esta a motivação, mas a verdadeira comunhão também depende da reciprocidade. 
Não é fácil dar amizade, amor, atenção, sinceridade e compaixão, se isso não voltar a você em alguma ocasião. Nenhum relacionamento se sustenta quando apenas uma das partes se doa quase que ininterruptamente para que a outra se acomode a ponto de matar o que há de bom. É a lei da troca, é preciso dar, mas em algum momento é necessário receber também, para que o equilíbrio no relacionamento exista. Para que, em algum conflito, não hajam episódios em que um lance na face, ou como preferir,  'jogue na cara' um do outro que fez e não teve retorno. É a regra, o que não quer dizer que seja sempre respeitada. 
Amizade é reciprocidade. Amor também. Respeito, nem se fala, e então, a consideração.
Gosto de falar de amizade, pois já vivi e vivo experiências incríveis que me fazem avaliá-la de uma forma muito especial. Quando as circunstâncias diárias nos tiram do foco, nos sufocam a ponto de vacilarmos em fé, em atitudes, é aí que mais precisamos de amigos. Amigos que nos deem carinho, atenção, ouvidos. Talvez nem seja preciso falar muito, ter sábios conselhos e palavras, ouvir é sempre o melhor a se fazer. 
Para que haja amizade, é preciso que sejam de todos os lados. Seja em grupo, seja em dupla... se há amizade, ela tem que ir e voltar. Eu te dou, você me dá. 
Da mesma forma acontece com o amor. Todas as histórias de amor que conheço, mesmo que tenham sido platônicas ou pseudo-romances, e que não houve um retorno, uma reciprocidade, uma troca de sentimentos, faliu de forma sofrida. Resultou em corações feridos, traumas romancistas e resistências a novos relacionamentos. Tudo isso por falta de amor. Deu-se e não recebeu em troca.
E o que dizer sobre o respeito? Quem respeita a si mesmo, respeita o próximo. Esta é uma lição de berço, de princípios. Mas Mesmo que eu respeite alguém com tanto afinco, e esse alguém não me respeitar, uma hora vai haver desrespeito também, nem que seja o mais sutil possível. 
Com relação à consideração, é a suma de todos os que citei... é a troca.
Mas a realidade é que coração é terra em que tudo que se planta, dá. Dá-se amor quando o amor é plantado, e da mesma forma a amizade, o respeito e a consideração. 
Há uma infinidade de situações em que o sentimento morre quando não há retorno, e isso não é nada injusto, é justíssimo! 
Mas, diante de todos eles, é preciso que haja gratidão. 
Já disse inúmeras vezes e repito que um coração grato é um canteiro de muitas possibilidades, pois, se há ingratidão, há morte. Morte de sentimentos, de amor, amizade, respeito e consideração. A ingratidão fere e mata. Nós é que não podemos permitir que sentimentos tão benéficos à nossa vida morram por causa da falta de algo tão simples, tão natural que deve fazer parte da nossa vida diária: a gratidão!
Resta-nos refletir em algo simples e real para que não soframos o dano depois, pois não é sempre que o arrependimento permite nos trazer de volta o que poderia ter sido bom, e não foi por causa da falta de reciprocidade. 
Logo, amor sem amor, se apaga.


Beeejo

quinta-feira, 10 de maio de 2012

É amor demais!


Um dia do ano é pouco pra dedicar às mães. Dos 365 dias, ao menos 300 deveriam ser dedicados a elas. Elas que são responsáveis por quase tudo que somos e merecem muitas, mas muitas homenagens todos os dias. 
As outras mães vão me desculpar, mas como a minha Nobre mãe, não há. E hoje, e nos dias que seguem, a minha homenagem é pra ela que tem feito a minha vida mais doce, menos dura, e os meus dias mais fáceis. Ela que faz do nosso lar o melhor lugar do mundo para se estar, e o seu colo, o melhor aonde se espalhar e esquecer o que se passou, o que se passa.

A minha mãe é muito nobre, nobreza em pessoa. Sua tranquilidade chega a irritar às vezes quando uma situação exige um pouco de rapidez, mas se não fosse essa tranquilidade, muita coisa iria ruir. Sua paciência excede toda habilidade ou tentativa de esperar, ninguém consegue se igualar a ela nesse ponto. Não tem obrigação alguma de suportar minhas chatices, mau humor ou crises existenciais, mas aguenta, por amor. Quando ninguém consegue mais ouvir minhas reclamações, ela ouve, só ouve, e entende. Que outra pessoa neste mundo aguentaria uma Soninha de TPM? Ela aguenta, e cuida, e me convence - do jeito dela - a acreditar que as coisas podem sempre ser melhores. Minha melhor amiga, companheira, ouvinte, conselheira e amor maior. Nem se juntasse todos os amores que já senti por todas as pessoas que amei e ainda amo, não seria possível igualar. 
Amo tudo nela, a teimosia, a mania de vestir camisetas surradas que nenhuma Lacoste substitui; O exagero na quantidade de comida, na hora de cozinhar; a preocupação excessiva com todos que ela ama, mesmo não possuindo laços sanguíneos; a preocupação que não a deixa dormir enquanto todos não tiverem no 'seu ninho'; a mania de tomar chá quando está ansiosa; o coração sem tamanho; o hábito de ser empática e se colocar no lugar de todo mundo na hora de analisar um problema, e se há problemas, assume como se fossem seus; a sensibilidade aflorada; o amor que não sossega; o cuidado tão latente... tudo. Amo tudo nela.
A maior parte de mim está em amá-la e tentar retribuir, o que sei que jamais vou conseguir. 
Até escolher um presente pra ela é fácil, pois ela gosta de tudo e não se importa em ganhar um presente para 'a casa' como dizem por aí, um utensílio doméstico, ou algo que todos irão desfrutar, menos ela; Sua simplicidade chega a ser sofisticada, tamanha sutileza.
Impossível falar dela sem sentir uma vontade imensa de gritar pra todo mundo ouvir o quanto é bom ser filha de uma nobreza em pessoa. 
Hoje tenho quatro grandes agradecimentos a fazer:
A Deus. Ele não poderia ter escolhido entranhas melhores pra me abrigar.
Ao Sr. Expedito e Maria do Carmo Nobre. Se estivessem vivos eu me ajoelharia diante deles em gratidão por terem gerado a melhor pessoa do mundo! 
E a ela, Maria Nobre, minha mãe, por me fazer a pessoa mais feliz do mundo, só por me chamar de filha! 
Primeiro a cruz, depois o amor de mãe. Foram as formas mais lindas que Deus me deu para revelar seu amor por mim...
Te amo, sem limites, sem medidas, sem reservas...

"Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba." Drummond