Antes de começar a ler, entenda que é a minha OPINIÃO, minha, só minha! Não quero aceitação, e sim, respeito!
Poderia começar esse post dizendo: Olá companheiros, meus amigos militantes, protestantes (e não tem a ver com cristianismo!) ou não cumprimentar de forma alguma, e honestamente escolho a última.
Poderia começar esse post dizendo: Olá companheiros, meus amigos militantes, protestantes (e não tem a ver com cristianismo!) ou não cumprimentar de forma alguma, e honestamente escolho a última.
Não, não fui às ruas protestar pelos R$ 0,20 que grande parte das pessoas que foram nem sabe o que significa. Não coloquei uma máscara do anonymous e nem me vesti da bandeira da minha Pátria. Sou contra a PEC 37 não por ir na 'onda' de protestos que seguem, mas por ter o hábito de ler e procurar conhecer o que se passa no meu país. Se fui às ruas me unir aos incontáveis brasileiros que estão indo? Não fui, não vou, não sou contra e não quero delongas justificando o meu ponto de vista. Acontece que eu não estou com saco para tanta crítica, julgamentos e nem frases com tom de soberania, além das imposições de opiniões que deixam de ser opiniões e passam a ser, ou tentar ser, verdades absolutas. Definitivamente, eu não estou com saco!
Por não protestar com a intensidade que muitos gostariam que os demais protestassem, ou acham que protestam - pois até aonde me consta o protesto válido vai muito além de um rosto pintado, palavras de ordem (vulgo, gritos de guerra) ou frases de impacto impressas em cartazes produzidos com diversos tipos de artes. Isso tudo é muito válido, mas protestar não é só isso - mas por não protestar fui e sou julgada o tempo todo.
Eu protesto de várias formas, e a mais válida de todas faço a cada 4 anos de uma forma secreta, porém revolucionária. Pouco? Talvez exista quem acha, eu, não acho que seja pouco.
Por não me unir às milhares de pessoas do meu país e ir às ruas, fui chamada de coisas que até achei graça, mas que no fundo me levaram a analisar o quanto a coisa vem mudando de figura. Não tenho o direito de generalizar, longe de mim, até mesmo por que conheço a conduta e caráter de muita gente que leva tão a sério todos os tipos de manifestações de democracia, desde sempre. Mas não entendo por que classificar as pessoas nessa luta por classe social, partido político ou sei lá o que. Talvez a verdade seja que eu não entenda nada disso, e não me envergonho nadinha por declarar isso.
Mas pense comigo, há classe social para quem quer um país melhor? Há partido, lado ou sei lá que diacho isso quer dizer, para quem quer o melhor para os seus e a sua geração? Se sou de esquerda, de direita, de banda, de frente, de costas, isso muda a minha vontade, o meu desejo, a minha indignação diante das coisas que me cercam?
Se eu tenho o meu carro, se frequento lugares caros, se viajo com frequência e se dou uma parte da minha fortuna para a igreja ou para que fim que seja, isso me torna um ser humano com um menor senso de justiça?
Se eu não fizer uso da saúde pública, do transporte público ou da educação pública, se assim posso dizer ( o que não é o meu caso minha gente, quero que fique claro), isso me tornaria menos cidad? Um cidadão com dinheiro, não que seja o meu caso, apesar de trabalhar muito pra isso, mas se o cidadão possui os seus bens pelo suor do seu trabalho, pode ser considerado um 'burguês' e não se importar com o que vem das autoridades, a corrupção, as leis absurdas, impostos e mais impostos?
Não vou às ruas, e não me julguem por isso. Cheguei a planejar ir, até chamei amigos e todos eles se animaram muito, mas hoje decidi não ir mais.
Decidi não ir quando vi cabeças pensantes julgarem mal e criticarem quem acabou de chegar do mundo da lua e se deu conta do que se tornou o país e resolveu ir às ruas pela primeira vez; decidi não ir mais, quando vi tamanho despropósito de tons arrogantes que só criticam o atual governo e não olham pro próprio umbigo, umbigo esse que também é corrupto e sonega impostos, fura filas, burla, infringe leis e adora usar um jeitinho brasileiro, não generalizando, novamente, mas isso conta demais; desisti de ir, mas continuarei dando uma força e apoiando de coração quem estiver nas ruas, mas eu não estarei lá; desisti de ir quando me dei conta que ano que vem tem eleições e que eu devo pensar e pensar com muita calma o que fazer com o meu precioso e decisivo voto. Sabe por quê? Por que o voto de cada um é decisivo, e essa é a verdadeira revolução.
Há quem não acredite, mas paciência! Pois paciência é o que venho tendo ao ignorar indiretas imbecis nas redes sociais, estufar de peitos e ar de superioridade por saber, entender ou pensar saber e entender de tudo.
Mal sabem essas pessoas que inteligência e sabedoria diferem-se demais.
Gente que pensa ser inteligente por ter feito ou por fazer faculdade. Quanta burrice!
Soninha Nobre
Brasileira
31 anos
Não formada. Estudante de Publicidade com matrícula da faculdade trancada.