segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Na bigorna.


Derretido. Sem forma. Desfeito. Colocado na bigorna para ser... refeito.
É desagradável. É uma queda de uma altura considerável, e sem um aparato confortável. É uma penúria.
É o fogo que se apaga, mesmo que ele queime por um momento, mas logo desaparece. É uma inclinação decrescente.
Decrescente para um nublado vale de perguntas, muitas delas, sem resposta. É a planície do desencorajamento.
A motivação que se enfraquece. O desejo que se distancia, e acaba. As responsabilidades que são deprimidas.
Paixão? Escorrega-se ralo abaixo.
Entusiasmo? Você está brincando não é mesmo?
Tempos de provações.
Ela pode ser causada por uma série de situações ou acontecimentos. desilusões; alguns 'fins' ou 'finais' como preferir;
decepções; feridas... A luz é apagada e o quarto se trona em trevas. 
Na bigorna.
Deus vê nossa vida do começo ao fim. Talvez Ele nos faça passar por uma tempestade aos 30 anos de idade, para que possamos suportar
um furação aos 60.
Um instrumento é útil somente se ele estiver na forma certa. Um machado sem corte ou uma chave de fenda torta precisa de atenção, 
e nós também.
Um bom ferreiro mantém as suas ferramentas em boa forma. E Deus faz o mesmo conosco.




Texto extraído do Livro "Moldado por Deus" de Max Lucado, e adaptado por Soninha Nobre

sábado, 18 de agosto de 2012

Nada mais que a verdade.


Quem, quando criança, já não ouviu um belo de um sermão quando mentiu a respeito de uma tarefa da escola que não havia sido feita? Quando mentiu dizendo não ter sido quem quebrou aquele objeto de valor sentimental da mãe, da tia, ou da avó? Ou, quando não havia a Lei da Palmada, já não levou umas belas chineladas por ter mentido com relação a algo? Criança 'solta' uma mentirinha aqui, outra ali, na inocência e na melhor das intenções, mas que na maioria das vezes resulta em um sermão, uma chateação e, na pior das hipóteses, um castigo daqueles! Ou seja, mesmo aquela mentirinha infantil tem as suas consequências.
Uma coisa é uma criança contar uma mentira inocente, chega até a ser engraçado - o que não quer dizer que não precise ser corrigida - e outra, completamente diferente, são pessoas maduras e conscientes usarem da falta de verdade, fazendo dessa mentira uma filosofia de vida. Parece exagero, mas existem aqueles que fazem da mentira sim, uma filosofia de vida.
Mentira não é e jamais foi algo bom, nem nos primórdios da história da humanidade, como nos dia de hoje. Às vezes contamos mentirinhas que parecem inofensivas, mas que também não são verdades, logo, são mentiras também e isso é um grande erro.
Existem aqueles que contam uma mentira sem ter o hábito de repeti-la, e se penitenciam muito por isso, se arrependem, reconhecem, corrigem o erro e não voltam a mentir. Existem sim pessoas que não mentem jamais, ou quase nunca, e, fazendo-a sabem agir com dignidade e reparar. Mas existem também aqueles que vivem uma mentira como se fosse verdade, e o pior, tentam convencer as pessoas também dessa verdade, que na realidade é uma grande mentira!
O que muita gente não consegue entender é que a mentira faz a pessoa menor do que ela realmente é, faz o admirável cair no conceito, faz cair a referência, faz secar a consideração, e muitas vezes, faz morrer os sentimentos que nutrem os relacionamentos. A pessoa que tem o hábito frequente de mentir corre o sério risco de perder totalmente a credibilidade. Pode ser que as pessoas jamais acreditem novamente nela, justamente pelo fato de hoje as pessoas pensarem que outras que foram Judas na vida delas, as fazem pensar que todos que estão ao seu lado podem traí-la com mentiras também.
Viver verdades é diferente de viver fábulas. Verdade tem a ver com o real, e a mentira, na maioria das vezes é fantasiosa. É muito diferente de idealizar o que deseja conquistar, pode chamar de profetizar ou sonhar. Visualizar o inimaginável não é errado, pelo contrário, é fé! Mas mentir para idealizar algo que não existe, não é e nunca foi chamar à existência o que ainda não existe.
Ao passo que a mentira destrói personalidade, integridade e caráter, a verdade honra a identidade do ser humano. Quando temos o coração em Deus não há espaço para mentiras, pois à medida que nos aproximamos Dele, Ele se torna GRANDE em nós e é exatamente disso que precisamos: que a grandeza Dele preencha os espaços que outrora seriam ocupados por coisas indignas como mentiras.  
O conceito de verdade vai muito além de um fato contado, ou de uma atitude como assumir uma situação que aconteceu, enfim, a verdade se estende a atitudes diárias como sinceridade nos relacionamentos, nos negócios e até nos sonhos.
Quando há verdade, há sinceridade e podemos tudo! Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. (IICo 13:8).
E sejamos verdadeiros em TUDO!
Beeejo

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quando a dor é maior que a força.

Nos últimos dias tenho visto e ouvido muito falar de pessoas que andam sofrendo por alguma razão. Uma perda, uma desilusão, uma dificuldade ou apenas um vento soprando contrário fazendo com que o barco balance bastante. 
Seja em qual for a situação, sofrer é sempre muito ruim. O sofrimento tira de nós algo que não deveria nos faltar jamais, a tal da paz. Perde-se a paz quando se sofre. É impossível assimilar as duas coisas, aonde há paz, não há espaço para o sofrimento, e vice e versa. 
Perder é sempre muito ruim. Seja o que for, perder não é nada bom. Da perda de um time em um campeonato estadual ou mundial, ao jogo interclasse da escola, perder é ruim demais! 
Perder dói, bate um desespero e quase sempre uma saudade, e em algums casos, uma saudade que não tem fim. Para um casal, dói quando o amor se acaba; dói na auto-estima e no bolso quando perde-se o emprego; dói na consciência quando se perde a oportunidade; dói o coração quando a aliança se rompe; dói quase tudo quando se perde a possibilidade; e o pior de todos, dói até a alma quando se perde alguém que ama, principalmente quando se perde para uma eternidade. 
E o pior de tudo, dói demais quando todas essas dores se juntam e resolvem castigar de uma só vez. Ai, como dói! 
Tenho certeza que você passou, ou passa, por algum tipo de dor, dessas que citei, e talvez das que só você conheceu. A realidade é que sofrer, dói! Em alguns casos a dor é maior que a própria força, e mesmo que a pessoa lute contra, não é fácil sair de uma situação que machuca. Mas é também verdade que a pessoa sofre até onde ela mesma possa permitir. 
Recentemente presenciei um duro fim em que a pessoa que foi duramente surpreendida pela dor, admitiu que não conseguia fazer com que parasse de doer. Eu pude sentir a dor nos seus olhos, nas lágrimas, na voz trêmula, e no cabelo despenteado que sempre esteve impecável. Pude sentir, e acredite, eu senti! 
Não é fácil pra quem está de fora, presenciar momentos como esses na vida de pessoas que amamos, imagine então o quanto deve ser difícil para a tal pessoa. 
Quando um objeto sobre a minha mesa não fica bem, dando um aspecto não muito agradável ao meu ambiente, eu tiro e fica legal. Se o quadro não ficou bem na parede, eu tiro também, ou substituo. Se o filme na tv não está me agradando, é fácil resolver, é só mudar o canal. Mas não posso fazer o mesmo com a dor no coração de quem eu amo, e nem no meu. 
Eu não posso, mas Deus pode. Ele não só transforma o pranto em riso, a dor em alívio, as lágrimas em sorrisos, como também cuida dos corações e traz a paz, aquela que faz a gente dormir tranquilamente, que nos faz não ter medo de uma outra 'perda', que encare a dor como oportunidade de crescer. 
Deus conhece a nossa dor, e a transforma em algo lindo!
Não podemos optar por não sentir dor, mas podemos sim fazer dela, uma oportunidade de ver a vida de outra maneira, de um ângulo mais sábio e consciente. 
Não desanime. Continue firme. Tenha coragem. Creia. Seja forte. Tenha bom ânimo. Não desista. 
Afinal, crescer dói! 

Beeejo 
Soninha